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Manifesto em prol da Democracia e Sustentabilidade

Manifesto em prol da Democracia e Sustentabilidade

Aos Brasileiros e Brasileiras, um chamamento em nome da Democracia, do desenvolvimento com sustentabilidade e do diálogo.

Entendemos a gravidade do momento pelo qual passa o Brasil. A eleição presidencial deste ano é diferente de todas as que vivemos até hoje, pois nela se joga a sobrevivência da democracia brasileira. Sem democracia o Brasil não será confiável e sem confiança não haverá investimentos, emprego, crescimento e nem liberdade. Nossas exportações, principalmente do agronegócio, serão duramente afetadas. Em resumo, todos perdem e perde a natureza.

Neste momento histórico, brasileiras e brasileiros – agricultores, cientistas, artistas, professores, empresários, ambientalistas, advogados, engenheiros, biólogos, geógrafos, jornalistas, microempreendedores, médicos, enfermeiros, arquitetos, procuradores, economistas, sociólogos, antropólogos, historiadores, filósofos, administradores, estudantes, jovens, adultos e idosos, pessoas de diferentes ideologias – apresentam à sociedade este Manifesto aos Brasileiros e Brasileiras em busca da unidade e da construção da Frente Ampla pela DEMOCRACIA e retomada do desenvolvimento com sustentabilidade.

O Brasil é o quinto maior país do mundo, aquele que detém a maior floresta tropical do mundo, o maior volume de água doce do mundo e a maior biodiversidade do mundo. Infelizmente, nos últimos 4 anos temos um governo que estimulou e promoveu a degradação ambiental e o desmantelamento das instituições democráticas, promoveu o ódio, o aumento da pobreza e da fome e aumentou o desmatamento em mais de 70% na Amazônia e também nos outros biomas.

Por isso, mesmo que nossas posições políticas sejam divergentes, nos unimos em três pontos fundamentais: a defesa da democracia, o desenvolvimento com sustentabilidade e a abertura ao diálogo. Estes pontos nos levam a votar em Lula neste segundo turno de 2022.

Conclamamos a você que reflita sobre a gravidade deste momento, venha juntar-se a nós e ajude a salvar o Brasil da barbárie, do obscurantismo, do ódio e da destruição da natureza.

Participe você também desse movimento em prol da Democracia. Abaixo seguem os nomes das pessoas que assinaram este manifesto. Você pode ajudar aderindo à Frente Ampla em prol da Democracia, acessando o link.

Brasil, 12 de outubro de 2022

Aos Brasileiros e Brasileiras, neste ano eleitoral de 2022

Frente Ampla pela DEMOCRACIA e retomada do desenvolvimento com sustentabilidade

Neste momento estamos, como brasileiras e brasileiros, numa encruzilhada histórica, a maior das nossas vidas. Corremos o risco de ver o Brasil ser jogado de volta no autoritarismo. Os verdadeiros DEMOCRATAS não podem ser omissos e não podem esquecer que a democracia é a melhor forma de governo que conhecemos.

Os últimos 4 anos nos mostraram que as ideias fascistas vão se instalando lentamente, assim como aconteceu na Alemanha e na Itália nos anos 1930, e todos sabemos como isso terminou. Aqui, como lá, muitas pessoas não percebem e até aplaudem um projeto de governo baseado no sectarismo, na intolerância, na misoginia, no racismo, na homofobia, na destruição da educação, da cultura, da ciência, das instituições republicanas e na destruição da natureza.

A luta democrática de milhões de brasileiras e brasileiros, muitos dos quais perderam a vida, resultou na redemocratização em 1985, acabando com 25 anos de ditadura militar. Essa luta teve a participação ativa de inúmeras pessoas de diferentes ideologias, aqui mencionamos três delas, enaltecendo também a luta de todas as demais:

LEONEL BRIZOLA, Democrata que em 1961 frustrou o golpe militar e garantiu a posse de João Goulart, depois combateu a ditadura, foi exilado, voltou e continuou na luta pelas diretas, foi eleito governador e teve na educação a principal bandeira.

ULISSES GUIMARÃES, Democrata que teve forte atuação contra a ditadura militar, arquitetou a Constituição Cidadã de 1988 e no discurso de promulgação profetizou – “Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.“

PAULO FREIRE, Democrata e Educador mundialmente reconhecido, pregou a unidade das forças progressistas como forma de lutar por uma Democracia capaz de fazer frente à virulência, dizia que “de vez em quando a gente precisa estar junto com os divergentes para combater os antagônicos“.

Você certamente está acompanhando o desenrolar da eleição e a movimentação de Democratas históricos, muitos deles atuantes em frentes e partidos divergentes. Cabe mencionar aqui alguns que entenderam a gravidade do momento e se uniram ainda no primeiro turno como o ex-governador Geraldo Alckmin, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e a ex-ministra e ex-presidenciável Marina Silva, entre muitos outros.

Agora no segundo turno está se organizando um verdadeiro movimento de frente ampla democrática em torno da candidatura de Lula e Alckmin. Já declararam apoio e integram essa frente ampla o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os economistas criadores e implementadores do Plano Real, André Lara Resende, Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida, outros economistas como Monica de Bolle, além de personalidades como Fátima Bernardes, Chico Buarque, empresários como Pedro Passos e Guilherme Leal, 12 ex-ministros do STF e da Justiça e milhares e milhares de juristas, advogados, artistas, ambientalistas, empresários, cientistas, agropecuaristas, que também manifestaram apoio e estão se engajando na candidatura de Lula e Alckmin em defesa da DEMOCRACIA, das instituições republicanas e dos direitos humanos.

Você com certeza também acompanhou a manifestação dos dois candidatos da terceira via, Ciro Gomes e Simone Tebet, e viu que ambos optaram pela candidatura de Lula e Alckmin e estão integrando essa verdadeira frente ampla em defesa da Democracia e da retomada do desenvolvimento com sustentabilidade e da racionalidade e do diálogo na condução do governo.

Simone Tebet resumiu com perfeição o que está em jogo e os motivos pelos quais assumiu a candidatura Lula e Alckmin: “Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos,… o que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública. A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado”.

Os signatários deste manifesto defendem a Democracia com coragem e destemor e convidam os brasileiros e brasileiras a se integrarem à Frente Ampla pela DEMOCRACIA e retomada do desenvolvimento com sustentabilidade, encabeçada por Lula e Alckmin.

Você pode assinar este manifesto mas também pode utilizá-lo para convidar pessoas da sua convivência para se juntarem a nós.

O futuro do Brasil com democracia, sustentabilidade, respeito às mulheres, aos direitos humanos, aos diferentes, às minorias e à natureza, depende da nossa tomada de posição e engajamento.

O futuro do Brasil depende do voto em Lula e Alckmin 13.

Assinam e convidam a assinar esse manifesto:

Acioli Cancellier de Olivo, Pesquisador aposentado do Inpe (SP)
Adir de Jesus Cardoso, Eng, agrônomo, Rede Sustentabilidade. (SC)
Adriana Ramos, Ambientalista (DF)
Afrânio Boppré, Economista, Professor, Economista e Vereador PSOL (SC)
Aimara Riva de Almeida, Bibliotecária aposentada (PR)
Alexandre Krob, Agrônomo e ativista ambiental (RS)
Alexandre Santos, Geógrafo (DF)
Alexander Poubel Barros, Procurador (RJ)
Alice Roitman, bióloga e ambientalista (RS)
Álvaro Quintão, Advogado e Diretor OAB (RJ)
Amâncio Ferreira, Perito Criminal e Ambientalista (RS)
Ana Amália Mena Barreto, Professora da rede pública de POA (RS)
Ana Lizete Farias, Psicanalista, Dra em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PR)
Ana Lúcia Pompermayer, Arte-educadora e arteterapeuta (RS)
Ana Paula Balderi, Bióloga especialista em Gestão Ambiental e recuperação de áreas degradadas (SP)
André Ilha, Ambientalista (RJ)
André Lima, Ex Secretário de Meio Ambiente do DF, Advogado (SP)
André Previato, Advogado, empreendedor cívico e conselheiro do Instituto Physis (SP)
Andreas Kinde, Professor, pesquisador e extensionista UFRGS (RS)
Antonio Pezenti, Agricultor (SC)
Aurio Gislon, Agricultor, jornalista socioambiental, presidente COMSEA Rio do Sul (SC)
Beate Frank, Ambientalista, professora aposentada FURB (SC)
Beto Mesquita, Engenheiro Florestal (RJ)
Bruno Levinson, Produtor Cultural – RJ
Carla Fontana, Bióloga e professora (RS)
Carlyle Torres Bezerra de Menezes, Professor e Pesquisador ( SC)
Carlinda Maria Fischer Mattos, proprietária da RPPN Fazenda Araucária (SC)
Carolina Schaffer, Bióloga e comunicadora (SC)
Caroline Zank, Bióloga e ativista ambiental (RS)
Cecília Polacow Herzog, Paisagista urbana, pesquisadora e ativista (Portugal)
Claudineia Corrêa Pezenti, Agricultora (SC)
Cleia Kastteler, Arquiteta Urbanista (SC)
Clóvis Ricardo Schrappe Borges, Médico veterinário, conservacionista (PR)
Daiana Pezenti, Enfermeira e esteticista (SC)
Diana Herzog, atriz (Lisboa)
Dicleia do Prado Giordani, fisioterapeuta, Rede Sustentabilidade (SC)
Douglas Wiggers dos Santos, Comunicador (SC)
Edegold Schaffer, Agricultor, coordenador de projetos ambientais (SC)
Eduardo Rombauer – facilitador de diálogos e terapeuta. (DF)
Eduardo Ruppenthal, professor, biólogo e ativista socioambiental (RS)
Eliana Jorge Leite, Analista financeira e naturalmente ambientalista (DF)
Estela Galmarino, Historiadora (RS)
Fausto Pires de Campos, Analista Ambiental (SP)
Felipe Soller, Publicitário,Ativista Político, Executiva da Rede Sustentabilidade (SC)
Flávia Tirelli, Bióloga (RS)
Francisco Lacerda Alencar, Ativista social e historiador (DF)
Francisco Milanez, Biólogo, Arquiteto, Urbanista e ativista ambiental (RS)
Gabriela Goebel – Bióloga (SC)
Gabriela Schaffer, Enfermeira (SC)
Glauco Lindner, Engenheiro agrônomo (SC)
Geni Rosa Duarte, Prof. Unioeste (PR)
Guilherme “Guima” Mello, Arquiteto & Urbanista (RS)
Gunther Furtado, Economista (PR)
Gustavo Amora, cientista político (DF)
Heloisa Dias, Socióloga e Ativista Socioambiental (SP)
Henyo Barretto Filho, Antropólogo, professor da UnB (DF)
Ian Sodré Gallina, Analista de Sistemas (Espanha)
Izabel Maria Oliveira Zank, Aposentada (RS)
Jean Pier Xavier de Liz, Professor, microempresário e Ex-vice-prefeito de Rio do Sul (SC)
Joani Justino Felix, Gestor Ambiental, Rede Sustentabilidade (SC)
João Cecconi, Economista e Filósofo (SC)
João de Deus Medeiros, Biólogo, Professor, Ambientalista, Coordenador Geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica e Presidente do CRBio 09 (SC)
João Luís Bittencourt Guimarães, Engenheiro Florestal (PR)
João Paulo Ribeiro Capobianco, Biólogo e Doutor em Ciência Ambiental (SP)
Johannes Kramer, professor de alemão (PR)
José Álvaro Carneiro, Empresário (PR)
José Miguel Árias Neto, Prof. Universitário (PR)
Jose Pedro de Oliveira Costa, Pesquisador USP (SP)
Julia Chaves Giglio, Advogada e gestora de ONG (RJ)
Juliana Gatti Pereira Rodrigues, Designer para sustentabilidade, Instituto Árvores Vivas para Conservação e Cultura Ambiental (SP)
Juliana Maria de Barros Freire, socióloga e doutoranda EACH/USP (SP)
Lauro Eduardo Bacca, Naturalista, ambientalista e ex-vereador em Blumenau (SC)
Leila Marques da Silva – Arquiteta e urbanista (RJ)
Leocarlos Sieves, Ambientalista (SC)
Letícia Bolzan, Bióloga e educadora (RS)
Letícia Larcher de Carvalho, Bióloga (PR)
Letícia Pezenti, Estudante e agricultora (SC)
Lucélia Santos, Atriz, Diretora e Produtora de Cinema e Teatro (RJ)
Lúcia Currlin Japp, Mestre em Estatistica, prof aposentada (SC)
Luiz Antônio Zank, Aposentado (RS)
Luis Felippe Kunz, Médico Veterinário (RS)
Luis Paulo Ferraz, Geógrafo (SP)
Luthiana Carbonell dos Santos, Bióloga, servidora pública (SC)
Maicon Keschibeuer, Administrador de empresas (SC)
Manoel Tiago Antunes, Assistente Social e Vereador (SC)
Mara Prado, Jornalista e membro da Rede Sustentabilidade (SP)
Márcia Rosana Stefani, Bióloga e ambientalista (SC)
Marcio José Pezenti, Agricultor (SC)
Marcos Alves Soares, Porta Voz Rede Joinville SC, professor, Bacharel em Direito e Engenharia (SC)
Marcos Fensterseifer Woortmann, Cientista político e empresário (DF)
Marcos Rosa, Geógrafo (SP)
Maria de Fátima Antunes, Psicopedagoga, Gestora de projetos sócio culturais e defensora das causas ambientais (SC)
Maria Isabel Stumpf Chiappetti, Geógrafa e ativista ambiental (RS)
Margarete Philippi Cecconi, Filósofa, filiada a Rede Sustentabilidade (SC)
Marquito – Marcos José de Abreu, Eng. Agrônomo, Vereador e Deputado Estadual eleito PSOL (SC)
Marta Eliana de Oliveira, Procuradora de Justiça do MPDFT e ambientalista (DF)
Marta Porto, Crítica de cultura (RJ)
Maude Nancy Joslin Motta, OAB/PR 15.375, Advogada Ambientalista (PR)
Maura Campanili Porto Alegre, Jornalista (SP)
Meri Kramer, Profa universitária Unicentro (PR)
Miriam Prochnow, Educadora e ativista climática (SC)
Mirian Lovera Silva, Engenheira Agrícola, Empresária (PR)
Miguel von Behr, Arquiteto e socioambientalista (PR)
Orlando Thomé Cordeiro, Consultor em estratégia (RJ)
Pablo Reimers Quijada, Professor e Cientista Social (SP)
Patrícia Bohrer, Artista visual e educadora ambiental (RS)
Patrick Colombo, Biólogo e servidor público (RS)
Paulo Haus Martins, Advogado (RJ)
Pedro Ivo Batista, Ambientalista, membro Executiva Nacional Rede Sustentabilidade (DF)
Rafael Frizzo, Historiador e ativista socioambiental (RS)
Rafael Koehler, Artista e Professor (SC)
Raul Silva Telles do Valle, Advogado ambientalista (DF)
Reinaldo Haas, Professor de tempo, clima e energias renováveis da UFSC (SC)
Ricardo Boelter Moraes, Biólogo e advogado, Vice-presidente do Conselho Regional de Biologia/09, Conselheiro do Consema (SC)
Ricardo Esteves, Arquiteto Urbanista, Professor Universitário (RJ)
Ricardo do Monte Rosa, Agricultor (DF)
Rogerio Bardini, Engenheiro civil (SC)
Rogério Rocco, Advogado, Professor Universitário e Analista Ambiental do ICMBio (RJ)
Rosângela Wosiack Zulian, Profa universitária Univ. Estadual de Ponta Grossa (PR)
Sidarta Ribeiro, Professor da UFRN (RN)
Silvia Cristina Martins de Souza, Historiadora (PR)
Sílvia Marcuzzo, Jornalista e Artivista (RS)
Tania Maria Gomes da Silva, Profa na Unicesumar (PR)
Tânia Slongo, Advogada do MNDH-SC, Gabinete Deputado Estadual, Padre Pedro (SC)
Tereza Cristina Barbosa, Bióloga, Prof. aposentada UFSC, ativista das águas (SC)
Urbano Schmitt Junior, Aposentado e Educador Ambiental (SC)
Vitor Zanelatto, Ativista e Jovem Pesquisador (SC)
Tayana Cardoso de Oliveira, jornalista (SC)
Thamara Santos de Almeida, Bióloga, comunicadora, educadora ambiental (RS)
Wenfrid Giese , Advogado (SC)
Wesley Diógenes, Porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade (DF)
Wigold B. Schaffer, Administrador, ambientalista Porta-voz Rede Sustentabilidade (SC)
Zysman Neiman, Biólogo e professor da UNIFESP (SP)

Adesões até 17 de outubro de 2022

Abdisio José de liz Fiscal da natureza
Adelia Maria V Funcia Professora Aposentada
Ademar Alaricio do Espírito Santo Condutor ambiental
Ademir baptista chiappetti Professor
Adilson Xavier Escritor
Adna santos Militante
Adriana Aparecida de Siqueira dos Santos de Moraes Servidora Pública Estadual
Adriana de Souza Pedroza Agente de Saúde
Adriana Marques Rodrigues Melo Professora
Afonso Celso Castro de Oliveira Arquiteto
Agenildo Ferreira dos santos Artesão
Ailton Antônio da Silva Advogado
Akerli Aparecida de Carvalho Santos Diretora de escola
Alba Evangelista Ramos Ecóloga aposentada, Pesquisadora – Associada da TWRA
Alberto Jorge da Rocha Silva Biólogo
Alda Alves da Silva Analista de Projetos
Aldem Bourscheit Cezarino Jornalista
Aldori de Liz Funcionário público
Alemmar Ferreira da Fonseca Professora
Alessandra iara da Cunha Empresária
Alexander Lyndon Robert Mervart Professor de inglês
Alexandra Reschke ArquitUrbanista. Facilitadora de processos de mudanças coletivas criativas.
Alexandre Carvalho Empresário
Alexandre Lopes antelo Agente comunitário de saúde
Alexandre Ribeiro Antinarelli Farmacêutico
Alexandre Ventura Olmos Engenheiro Eletricista
Alfredo Lima Lemos Músico/professor
Alice Romeiro Professora
Aline Felipe Bancária
Aline Lima Rodrigues Ribeiro Estudante
Almir José dos Santos Filho Produtor Rural
Aluisio Santos de Oliveira Assistente de Informatica
Amélia Solbes Calbo Professora
América E. A. Guerra Pusch Aposentada
Américo Tabian Junior Empresário
Ana Carla da Silva Baroos Contadora
Ana Carolina Moreira Martins Bióloga
Ana Castro Borges Artista
Ana Célia Monteiro Bacharel
Ana Claudia Fontes Alves Gestora de RH
Ana de Souza Castro Xavier Professora aposentada
Ana Isabel Guimarães Borges professora da UFF
Ana Karla Andrade Assistente Social
Ana Katia Romero Nicolino Aposentado
Ana Leão Aposentada
Ana Leticia Araujo de Aquino Bertoglio Bióloga, servidora pública
Ana Lidia F. Guimarães Professora
Ana Lucia de Abreu Serv publica federal
Ana Luiza de Magalhães Castro arte-terapeuta
Ana Luiza mentz Arquiteta
Ana Márcia Vainsencher Jornalista
Ana Maria Furtado Psicóloga
Ana Maria Paiva Santos Confeccionista
Ana Montenegro Produtora Rural
Ana Paula Brandão Historiadora e gestora de ONG
Ana Tereza Bittencourt Guimarães Professora universitária e bióloga
Anamaria Mühlenberg da Silva Jornalista e Produtora Cultural
André de Castro Cotti Moreira Professor
André L Stroppa Médico
André Luiz Flammarion Soares de Moura Funcionário Público
André Rocha Ferretti Engenheiro Florestal
Andrea Loureiro Gestora de Projetos
Andréa Luciana Lisboa Borba Servidora Pública Federal
Andréa March Gomes Morgado Artesã
Andrea Maria azevedo Aposentada
Andréa Mosqueta Funcionária Pública
Andrea Queiroz Lima Administração
Andréa Soares de Lima Arquivista
Andrei Alvarenga kayano Servidor Público Federal
Angela Arquiteta
Angela Domingues Aposentada
Angela Fontes Economista
Angela José Rodrigues Lima Pesquisador socioambiental
Angela Maria Motta de Almeida Aposentada
Ângela Maria Pereira de Oliveira Aposentado
Angela Maria Vieira Professora
Angela Marina Chaves Ferreira Professora
Angela Pires Atriz/Locutora/Narradora
Angela Sartor Administradora
Ângela soares Microempreendedores
Angela Varella Biologa
ANGELA WITTICH Médica
Angélica Aparecida de Oliveira Gomes Cuidadora
Angélica Melo de Sá Militante dos Movimentos sociais
Angelo Branco Jofilsan Callou Socioambientalista e Professor da rede pública
Anita David Professora aposentada
Anna Cynthia Oliveira Consultora de ONGs aposentada
Anna Paula Feminella Servidora pública
Annelise Caetano Fraga Fernandez Socióloga
Antonia Georgina Machado Martins Psicóloga
Antonieta Viana de Sena Professora ativista
António Carlos Ferraz da Silva Empresario
Antônio Carlos Ribeiro Nogueira Professor Universitário Aposentado
Antonio Carlos Tavares Cordeiro Engenheiro Industrial Metalúrgico
Antonio Leonidas de Souza Aposentado
Antonio Padilha Engenheiro
Antônio Pádua de Araújo Guerra Funcionário público estadual
Antonio Sagres comércio
Antônio soler Advogado Ambientalista
Aparecida Kida Sanches Bióloga e Educadora, membra da Rede Paulista de Educação Ambiental
Ari Alfredo Weiduschat Analista Ambiental
Ariane Cola Aposentada
Aristides Athayde Advogado, Ambientalista, Empresário
Arlete Cecília Martins kircove Aposentada
Arlindo Abreu de Castro Filho Professor do Ensino Superior. Cirurgião Dentista.
Armando Rollemberg Jornalista
Arquimedes Andrade Aposentado e Sociólogo
Astréa França Vieira Aposentada
Augusto Cesar Oliveira Bucar Estudante de Dança
Augusto Flávio Rabello Duarte Administrador de Empresas
Aurelio Mayorca CEO
Ayrton Lopes Violento Produtor Rural
Azair Liane Matos do Canto de Souza Professora da UFSCar
Bárbara Grigoriadis Publicitaria
Bárbara Schiemann Arquiteta e Urbanista
Beatriz Cintra Labaki Socióloga, aposentada.
Benedito Lopes de Oliveira Aposentado
Benigno Bernardes Correa Empresario
Bernardo Furrer Médico
Betsey Whitaker Neal Professora de inglês – Mestre em Pedagogia (DF)
Brigido Ramos Engenheiro
Bruna Formolo Roncalio Auxiliar Administrativo
Bruno Prieto Músico
Caio Magri Diretor presidente Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Camila Baranoski Macedo Empresaria
Camila Paro Silva Recepcionista
Camila Primitivo de Oliveira Bióloga
Camila Tati Pereira da Silva Barata Bióloga
Camile Fonseca do Espírito Santo Advogada
Candida Mottecy Aposentada
Carla Cabrera Duarte Gestora de Organizações Sociais
Carla Ferreira Terapeuta
Carlos Alberto Ferreira Contabilista aposentado
Carlos Alberto Rodrigues Aposentado
Carlos Eduardo de Assis Borges de Campos Soldador ca
Carlos Helmut Japp Adm.de Empresa aposentado.
Carlos Roberto Lino Serra Aposentado
Carlucio Norberto de Souza Aposentado
Carmem Fidalgo Aposentada
Carmen Paulina Pedrollo saposentada Rs Aposentada Rs
Carole Gubernikoff Professora aposentada UNIRIO
carolina joana da Silva Biologa, prof UNEMAT, ativista socioambiental
Carolina Riberti Mattar Relações internacionais, Executiva e ativista socioambiental
Cássia Conrado Souto Assessora de Economia Circular para o terceiro setor
Catarina de Almeida Santos Professora- UnB
Catarina Maria Costa Marques Pereira da Rosa Psicóloga e Professora
Cecilia Amorim de Freitas Bióloga
Cecilia baptista dhalvor sollberg Professora
Cecilia Pagnozzi do Nascimento Estudante
Celia maria macedo e silva Arquiteta
Célia Maria Silva Aposentada
Celia Thereza Brando Tavares Aposentada
Celiane Alves da Silva Contadora
Celina Margarita Peixoto Nin Prates Guia turistico
Celso Bergantin Administrador de Empresas
Cesar Eduardo Specian Pimenta Gestor Ambiental
Chandeller Katlen Rodrigues de Lima Professora de C. Humanas
Cibele Azevedo Correa Arquiteta
Clarice Abreu de Toledo Autônoma
Clarisse Filiatre Ferreira da Silva Educadora Infantil
Claudia Corrêa de Moraes Advogada
Claudia Elisa Marques Ribeiro Professora
Claudia Funi Geógrafa
Cláudia Gazola Arquiteta
Cláudia Gonçalves Thaumaturgo da Silva Arquiteta e Urbanista, pesquisadora da Fiocruz.
Claudia Maria Araujo de Almeida PROFESSORA
Cláudia Maria Ferrari Barbosa Advogada e bióloga
Claudia Maria Lobato Soares Professora
Claudia M B Helou Medica
Claudia Mello Agronomia
Claudia Pentagna Bruno Educadora aposentada
Claudia Roquette Pinto empresária e escritora
Cláudia Rosana Volpato Aposentada
Claudio Alexandre de Aquino Santana Engenheiro Florestal
Claudio Ramos Floriani Júnior Aposentado
Clayton Ferreira Lino Arquiteto
Cledenir, Formiga Casimiro Enfermeira professora
Cleia Maria Braga de Carvalho arquiteta
Clotilde Demarchi Aposrntada
Clóvis Roberto furtado Administrador
Conceição Bandeira Professora de yoga
Cristiana Romanó Malschitzky Professoressa
Cristiane Ferreira Auxiliar Administrativo
Cristiano Farias Siqueira Funcionario Publico
Cristiano Souza Biólogo, Servidor Público
Cristina Aparecida Baesse de Oliveira Arquiteta
Cristina Aziz Cretton Funcionária Pública aposentada
Cristina Brito Professora
Cristina Serralvo Aposentada
Cristina Tavares Aposentada
Dal Marcondes Jornalista
Dalva de Fátima limeira Enfermeira
Dalvanira Pais de lima Psicanalista
Daniela Francescutti Martins Hott Servidora pública federal e membro da Rede de Acessibilidade
Danilo Gustavo Rodrigues de Oliveira Biólogo e cientista
Dayse Luci de Souza Rodrigues Assistente Social
Dayse Miranda Aposentada
Débora Nunes Professora Universitária
Débora Silva Siqueira Professora
Delcio Rodrigues Diretor do Instituto Climainfo
Demervaldo Brunelli Advogado
Denise Alram Arquiteta
Denise Bergier Chefe de cozinha
Denise Rodrigues Oliveira Professora aposentada
Denise terra Artista visual
Diana Dasha Musica
Dilma Alves de Oliveira Servidora municipal Aposentada
Dina Lerner Arquiteta
Diogo Félix Rodrigues Designer gráfico
Diogo Martins Editor
Dione Lorensini Autônoma
Dionil Machado Pereira Administrador de Empresas
Diovana Cunha Tecnico de enfermagem
Dirceia Valentin dos santos Aposentada
Djalma Salathiel Pinto Romão Arquiteto e Urbanista
Djalma Weffort Jornalista e ambientalista
Domingos Sávio Fagundes Aposentado
Dora Helena Feres Revisora
Doroty Rojas Aposentada
Dulce Tupy Caldas Jornalista
Edeltraud Kollert Do lar
Edith Zonenschain Aposentada
Edna Benedet da silva Advogada
Édna Guerra Ferreira Garaluz Bancária
Edna Maria Gomes Professora de Sociologia aposentada
Ednea de Moraes Duarte Aposentada
Edson Nascimento Campos Professor aposentado
Edson Carlos Baptista Gomes Professor
Edson Takayuki Tani Arquiteto
Eduardo da Rocha Siqueira Professor de geografia rede privada
Eduardo dos Santos Melo Servidor público
Eduardo Fernandes Checon Estudante
Eduardo João de Oliveira Músico
Elaine Regina dos Santos Estudante
Elaine Rosa Cordeiro Bruno Auditora
Elengleides Sant’Anna Coelho Professora/Empresária
Eleny Guimarães-Teixeira Médica
Eleonora Cretton Abilio Servidor Publico Apisentado
Eleonora Silvani Barcellos Professora
Eleonora Zicari Historiadora UnB aposentada
Eliana F de Assis Aposentada
Eliana lopes rocha Aposentada
Eliana Manarelli Aposentada
Eliana Nehring Silveira Belo Aposentada
Eliana Praça Analista de TI
Eliane Guaraldo Educador
Eliane Oliveira Aposentada
Eliane Tavares Costa Do lar
Eliete Praça Analista de Sistemas
Elisa Lima da Silva Rodrigues Gerente de eventos
Elisabete Carneiro Batista Braga Professora universitária
Elisabete Paiva Aposentada
Elisabeth Franke Ferreira Engenheira e Administradora
Elisabeth Romano Cameron Comerciante
Elissa Tavares Cordeiro Bacharel em Gastronomia
Elivete Cecília de Andrade Professora Universitária – Assistente Social
Elizabeth Castanheira Pitta Costa Consultora
Elizabeth de Lemos Leoni Castro y Perez Psicóloga
Elizabeth Gomes de Oliveira Medica
Elizabeth Pereira Rego Cantora
Elizabeth Siqueira Barros Funcionária pública da saúde- Rio de Janeiro
Eloisa Elaine Guedes Bassani Coordenadora Pedagogica
Eloisa Maria de Vasconcellos Siqueira Professora nível 3 aposentada.
Elton RodriguesPuls Aposentado
Elton Zattar Guerra Cientista Político
Enali De Biaggi Geógrafa
Eni Madalena de Lima Barbosa Aposentada
Ercio Ricardo da Silva Novaes Biólogo / Professor
Ericson Cernawsky Igual Comerciante
Erika Santos Rozsanyi Nunes Bancaria
Eronilda Aparecida dos santos Psicóloga
Esther Carone Blumenfeld Enfermeira e Bióloga
Esther da Matta Terapeuta Ocupacional
Esther weitzman Coreografa e professora
Eugenio cardoso boaventura Agropecuaria
Eurico Borges dos Reis Eng Civil
Eurilinda Maria Gomes Figueiredo Professora e articuladora cultural
Evandro Francisco Silva Arauko Aposentado
Everton Oliveira da Fonseca Economista aposentado
Fábia Trope de Alcântara Funcionária Pública
Fabiana Moraes Do lar
Fabiio Paiva Aposentado
Fábio Gonçalves de Almeida Historiador e Jornalista
Fábio Luiz de Oliveira Servidor da Saúde – SC
Fabio Poletto Geógrafo e Professor
Fabio Vaz Ribeiro de Almeida Antropólogo, Gestor de OSC
Fabricio Farias Siqueira Engenheiro Eletrônico
Fatima Aparecida Medica voluntária. MEDICO SIN FRONTERA
Fatima Carneiro dos Santos Professora universitária aposentada
Fátima de Lourdes Casarin Pedagoga/Gestora de águas
Fátima Irina Wanderley de Macedo Autônoma
Fátima Tavares Professora de Ciências Biológicas e da Natureza
Fernanda Corrêa Gewehr Bióloga
Fernando Assanti Jornalista
Fernando Barbosa dos Santos Consultor em Desenvolvimento Sustentável
Fernando freitas Servidor publico
Fernando Leite Artista visual
Fernando rovai Aposentado
Filipe Nacle Gannam Médico
Flávia Biondo da Silva Técnica de Museu
Flávio Graciano Cirurgião dentista
Flávio Montiel socioambientalista
Flávio Ojidos Advogado
Flavio Protasio Ceccon Produtor audiovisual
Flora Aparecida Reis Cariello Machado Aposentada
Frances Guedes Holanda aposentada
Franciela Vieira Barros Corretora de imóveis
Francisca Ferreira de Souza Oliveira Professora
Francisca Imaculada Marques Assessora Parlamentar
Francisca Tavares Pereira Oficina de funilaria e pintura de carros
Francisco De Arruda Machado Biólogo/Ecólogo/Ictiólogo
Francisco Guimarães Professor
Francisco Iglesias Ambientalista
Francisco José Antunes Ferreira Servidor público
Francislene dos Santos Servidor público federal
Frederico Neves Condé Servidor Público
Gabriel Augusto Castillo lopes Empresario
Gabriel Rosa Padilha Estudante de Jornalismo
Gabriel Weiss Roncalio Produtor agroecológico
Gabriela Caetano Tradutora
Gabriela Schneider Professora UFPR (PR)
George Rutherford Aposentado
Georges Lopes Professor
Gersem José dos Santos Luciano Professor
Gessemir de Sousa Dantas Psicóloga
Geziel Nunes Furtado Vendedor
Giane Dilma Schweder Pedagoga
Gibson Roberto de Oliveira Barbosa Auxiliar de limpeza
Gilmar Nascimento Saraiva Perito Judicial
Gilton Torres Professor de Educação Básica
Gilvandro Rodrigues da Silva junior Aposentado
Gisele Sana Rebelato Bióloga e ativista ambiental
Gislaine Esmael Gazzola Montanari Professora de Geografia
Glaico José Sell Técnico em Agropecuária/Agricultor Agroecológico
Glaucia Alves Daad Advogada
Glória Lúcia de Paula Psicóloga
Gloria Maria de Carvalho Enfermeira
Grace Alves Ferreira Osteopata
Graciete Carvalho Assistente Social
Gricel Osorio Psicanalista
Gui Gerson do Canto Brum Agrônomo
Guilherme Checco Pesquisador
Gustavo Bernardo Galvão Krause Professor Associado da UERJ
Gustavo França Perrout Músico
Gustavo Gatti Engenheiro Florestal; conservacionista
Gustavo Stahelin Pesquisador
Haldia Mary Matias de Farias Rodrigues Professora
Hecio Luiz da Silveira Gomes Engenheiro civil
Hélcio Samaritano Junior Jornalista e Gestor Ambiental
Helder Lima de Queiroz Pesquisador
Heloisa Afonso Ariano Antropóloga
Heloisa Delfino Dos Santos Médica
Heloísa Martins de Barros Vieira. Professora
Heloisa Payão Bregano Gestora Pública
Heloisa Pereira Lima Azevedo Consultor
Heloisa Vieira Professora
Heloise Pacheco Prohmann Engenharia
Heriberta Suassuna Barreto Servidora Pública Estadual
Hermes Schvabe Duarte Adestrador
Hernandes Pinheiro Santos Coordenador Executivo
Homero de Souza Gomes Sociólogo e servidor público federal
Hugo Lenzi Fotógrafo e dirigente de ONG
Humberto Brasiliense Filho Professor
Iberâ Cahiuby Vianna Cavalcanti Cineasta e Produtor Rural
Idalice de Andrade Almeida Oliveira Dona de casa nordestina, cristã, costureira de enxovais para mães carentes
Idla Rita Neves Marinho Aposentada
Ieda Denise Nóbrega Elste Advogada
Ieda Oliveira Ribeiro Professora aposentada
Ijalmar Maia Nogueira Jornalista
Ilzete P Barreto Aposentada
Inaê Amado de Freitas Jornalista
Iolanda Rocha Professora e Socioambientalista
Ione Koseki Tradutora Pública
Iraci de Oliveira Sales Góis Professora de arte e filósofa
Irinéa Francisca da Silva Professora Aposentada
Irmingard Fell Professora
Isabel Cunha de Amorim Do lar.
Isabel de Souza Professora
Isabel Regina Scheid Veterinária (aposentada) , ativista ambiental.
Isabel Werle Aluna de mestrado UFSC
Isamara Graça Cyrino de Gouvêa Médica Sanitarista
Itamar Cavalcante Jornalista
Iuri Dantas Jornalista e pesquisador
Ivan dos Santos Ferraz Médico
Ivan Martins leite Lu a Professor
Ivana Pagnota Dona de casa
Ivana Reis Lamas Biologa
Ivani dos Santos Ferraz Psicologa
Ivone Maria Ferreira da Silva Professora universitária aposentada
Izabel Missagia de Mattos Antropóloga
Izabela Leonor Sobral Rolemberg Aposentada – Funcionária Pública
Izolange Eifler Professora aposentada
Izolete Raisson Funcionária pública
Jacinta Maria de castro Lima Funcionaria pub.aposentada
Jacira Maria Pedrollo Aposentada
Jacqueline de Moura Siano Artista -pesquisadora
Jacqueline Moreno Professora
Jalilie Andries Nogueira Aposentada
Jana Guinond Atriz
Janete Teixeira Administradora. Coordenadora Geral do PVC – Pré-Vestibular Comunitário Gratuito.
Jaqueline Coelho do Nascimento Funcionária Pública
Jaymisson Coelho Junior Advogado
Jean Paul Metzger Professor titular do Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Instituto de Estudos Avançados, USP
Jeane Felix Professora universitária
Jeannine Sester Médica
Joana de Fátima Vieira Enfermeira
João Carlos Costa Oliveira Biólogo
João Carlos de Oliveira Barbosa Biólogo
João Fert Neto Professor universitário aposentado
João Gonçalves de Souza Pedagogo
João Henrique da Silva Carneiro Empresário
Joao Henrique Lins Bahia Analista Judiciário
João Lucílio Ruegger de Albuquerque Arquiteto
João Maria de Souza Fernandes Porteiro
João Vicente de Figueiredo Latorraca Professor
Joel Bittencourt Aposentado
Jomara de Liz Professora
Jorge Alberto Cecin Engenheiro
Jorge Coelho Aposentado
Jorge Gouvêa Analista de Sistemas
Jorge Samek Engenheiro Agrônomo
José Adriano da Silva Alves Professor
José Anchieta da Silva Aposentado
José Aparecido N. Pires Empresario
José Arnildo Marquezin Professor universitário
José Bessa Nogueira Advogado
Jose Borges Músico compositor
José Canuto de Souza Filho Canuto Publicitário
José Carlos Carvalho Consultor
José Carlos de Souza Adv.público, aposentado.
José Carlos Leoni Advocacia
Jose Celso Garcia Medico
José Cobo Fernandez Presbitero
José Eduardo Freire professor aposentado
José Leandro Majó Pierini Autônomo
José Maria Galdeano (Juca) Aposentado
José Nilson Bezerra Aposentado
José ricardo rodrigues de mello Medico
José Sergio Leite Lopes Antropólogo. Professor UFRJ
Josenilton Josimar do Nascimento Web design
Josirene Araujo da Silva Aposentada
Joyce Cantoni Medica
Joyce Gomes Med Veterinária agenda da paz
Juarez Homem del Rei Engenheiro
Judson de Miranda Teles Aposentado
Judy Galper educadora
Julia Galli O’Donnell Professora ufrj
Juliana Angelo Pired Professora
Juliana de Barroso estudante
juliana de miranda mack servidora publica
Juliana de Oliveira Tostes Geografa, professors IFRJ
Juliana Guerra Motta Educadora
Juliano bueno de araujo Engenheiro, Doutor em Riscos e Emergências Ambientais , PhD em Energia
Juliano Thiago Wan-dall Mei
juliecavignac@gmail.com Professora titular da ufrn
Julieta de Araujo Vianna Func. Público
Júlio César Nóbrega Gadelha Advogado
Júlio César Soares Advogado
Julio Costa Engenheiro
Jussara Maria Dias Côrtes Aposentada
Jussara Maria Pedrollo Professora
Karin Potter bióloga doutoranda
Karina da Silva Queiroz Arquiteta e Urbanista, especialista em Sustentabilidade em Cidades, Edificações e Produtos
Karla Costa de Liz Professora
Karla Cunha Pádua Professora
Kátia Alves Duarte Silva Educadora ambiental e gestora de projetos
Kátia Simone Justiniano Bichara Terapeuta
Keilah Diniz Musicista
Kelly Cristina de Jesus Vianna Professora da rede pública de ensino
Kioko Hanada Guedj aposentada
Lara Maria Silveira Funcionária pública
Lara Sfair Jornalista, membro da Comissão de Meio Ambiente da ABI – Associação Brasileira de Imprensa
Lea Lucas Garcia de Aguiar Atrizes o
Leandro Bertoglio Professor
Leandro Coutada Autônomo
Leda Beatriz Guedes Jornalista
Lêda Bhadra Bevilacqua Professora aposentada do DF
Lêda Bresciani Arquiteta
Lêda Lucia R F Queiroz Funcionária pública aposentada
Leda Paiva Soubhia Educadora SP
Leila Maria Nobre de Figueiredo Ambientalista
Leonardo Alves do Prado Repórter fotográfico
Leonardo Bertoldo Amaral Servidor público aposentado
Leonardo Canabrava Desemprego
Leonardo de Araujo Gatti Música – Produção Cultural
Leonardo de Carvalho Augusto Historiador e Professor de História
Leonel Graça Generoso Pereira Engenheiro Agrônomo
Leonila Quartiero Ramod Ambientalista e Educadora
Letícia de Andrade Moraes Advogada
Letícia Maria Machado Coutada Professora do ensino médio – aposentada
Leticia Moura de Carvalho Engenheira civil e Ambientalista
Lia Carla Carneiro Caldas Advogada
Lia Zanotta machado Antropologa professora UnB
Lidice Maria de Almeida Matos Artista visual
Liège Uchôa Azevedo de Araújo Psicóloga
Ligia Girão Jornalista/Tradutora
Lília Romero de Barros Enfermeira aposentada da Fundação Oswaldo Cruz
Liliana Enriqueta Lavorati Jornalista
Liliana Larocca Enfermeira aposentado
Liliane Bejgel Psicóloga
Liliane Cristina Trevisan Educadora Ambiental
Liliane dos Santos Avelino Estudante de licenciatura em Ciências biológicas
Lisiane Becker Bióloga, Funcionária Pública Municipal
Lissele Costa aposentado
Lizaldo Vieira dos Santos Aposentado
Lizete Maria de Paula Aposentada
Luanna de Pinho Cavalcanti Servidora pública
Lucélia Santos Atriz diretora e produtores
Lúcia Chayb Diretora do Eco21.eco.br
Lucia da Conceição Andrade Medica
Lucia Elena Ferreira Leite Médica aposentada e escritora
Lúcia Elizabeth Rosa Artista visual
Lucia Helena Tapajós Antunes dos Santos Psicóloga
Lucia Maria Vaz Penha Engenheira Civil/ Func. Publica
Luciana de A. Grillo Schaefer Professora e Advogada (SC)
Luciana Dorta Educadora Ambiental
Luciana Jordão Cineasta e professora universitária
Luciana Lopes Rosas Cantora
Luciana Regina de Melo Aposentada
Lucila Nunes de Vargas Artesã-agricultora
Lucilvana Tarradt dos Santos Taxista e costureira
Luis Antonio de Paiva Aposentado
Luís Cláudio Maranhão Froufe Engenheiro Florestal
Luis Felipe Cesar Gestor de organização ambiental
Luis Fernando Stumpf Biologo
Luisa ciucci biagioni Médica
Luiz Carlos de Sousa Taveira Jornalista e escritor
Luiz Carlos Pinage de Lima Agrônomo
Luiz Eduardo V. Berni Psicoterapeuta
Luiz Fernando Dias Duarte Antropólogo, professor do Museu Nacional / UFRJ
Luiz Gelbaum Engenheiro
Luiz Gonzaga Belluzzo Professor
Luiz Henrique Silveira Franco Estudante do ensino médio
Luiz Renato Bittencourt Arquiteto
Luiz Zahar Médico
Madalena castricini Restaurante :: cozinheira
Manoel de Souza Filho Aposentado
Manoel pereira barros neto servidor
Mara Dantas Braga Professora maradantasbraga@hotmail.com
Marcela Brisighelli Schaefer Medica
Marcelo Naufal Argona Advogado
Marcelo Zanoni Aposentado
Márcia Mattar Médica do Movimento
Marcia cezimbra Howard Hossell Psicologa e jornalista
Marcia Lapa e Silva Bancária aposentada
Marcia Lobo Contadora
Márcia Maria Donencio Professora
Márcia Nunes Geógrafa (SP)
Márcia Pereira Professora
Marcia Rahabani Elias Médica
Márcia Regina Lederman Bióloga
Márcia Renata Silva de Andrade Produtora de elenco
Marcia Salim de Martino Psicologia
Márcia Turatti dos Santos Professora
Marcio Paludo bolsista
Marco Antonio Ribeiro Alves Arquiteto
Marco Antonio Ribeiro Vieira Lima Antropólogo e músico
Marco Aurélio Rodrigues Professor
Marco Mills Martins Porta voz da REDE Sustentabilidade na cidade de São Pauli
Marcos Alberto Duarte Contador
Marcos André Wainstock Alves dos Santos Arquiteto
Marcos Aurelio Salles Professor Universitário
Marcos Menezes Psicólogo
Marcos Pellegrini Bandini Geólogo
Marcos Roberto Silveira Empreendedor Social
Marcus Paulo da Costa Lima Mourão cozinheiro
Margaret Soler de Leoni Prpfessora univeesitaria
Margareth Carvalheira Pinto Aposentada
Margarida maria de Fátima Baccette Comercio
Maria Professoea
Maria Alice Campos Freire Terapeuta
Maria Alice Nogueira Souto Profesdora
María Angela C. Marques Pereira Psicologia
Maria Angela Pecego Caetano Ex professora e ex produtora cultural
Maria Aparecida de Araújo Guerra aposentada
Maria Aparecida Ferreira Serviços gerais
Maria Aparecida Gomes de Oliveira Servidor Público
Maria Aparecida SLR e Silva Aposentada
Maria Augusta Silva Lopes professora
Maria Beatrice Sasso Artista
Maria Bernardete de Almada Rocha Professora
Maria Carmen Ayres Andrade Gomes Arquiteta aposentada, bordeira Linhas do Rio
Maria Cecilia Wey de Brito Agronoma
Maria Cristina Assis Yamada Design
Maria Cristina Bogossian Médica
Maria Cristina Cunha Lucas Aposentada
Maria Cristina D’Almeida Marques Psicóloga
Maria Cristina Heilig Engeheira Agrônoma
Maria Cristina Loureiro de sa Artista plastica
Maria Cristina Monteiro Arquiteta
Maria Cristina Sampaio Lopes Socióloga
Maria Cristina Weyland Vieira Confederação Nacional de RPPNs – Diretora Técnica
Maria da Graça dos Santos Gomes Aposentada
Maria da Graca Santos Diz Cenovicz Funcionaria Publica Aposentada
Maria da Luz Barbosa Gomes Professora aposentada UFRJ
Maria Da paz cândida da Costa Enfermeira
Maria das Gracas da Silveira Farias Engenheira
Maria das Graças Matias dos Santos Ferraz Psicanalista
Maria das Neves Valentim Aposentada
Maria de Fatima da Silva Leal Santos Professora
Maria de Fátima Maciel dos Santos Professora
Maria de Fátima Roberto Porto Aposentada
Maria de Lourdes Bubna Professora de História Aposentada
Maria de Lourdes de Oliveira Servidora Pública Estadual
Maria de Lourdes Lyra Teixeira Professora
Maria do Carmo Conceição Lelis Servidora Pública
Maria do Carmo Ponsoni Professora aposentada
Maria do Céu B e Albuquerque Biologa
Maria do Socorro Gonçalves Ferreira Engenheira florestal, pesquisadora aposentada
Maria do socorro morais Aposentada
Maria E. Chaves Professora aposentada
Maria Eliana Carvalho Navega Gonçalves Bióloga e professora, Dra. em Zoologia pela USP
Maria Elice de Brzezinski Prestes Historiadora da biologia, professora USP
Maria Elizabeth de Moraes Professora
Maria Eulina Pessoa de Carvalho Professora/pesquisadora
Maria Fernanda Faria dos Santos Empresária
Maria Grimalda costa luz Aposentafa
Maria Helena Cabrera Contadora e advogada
Maria Helena Ferrari Professora
Maria Ignez Mena Barreto Professora
Maria Inês Demillecamps Fisioterapeuta
Maria Inês Prado Lopes Cirurgião dentista
Maria Isabel Andrade Aposentada
Maria Isabel Vasconcelos Porto Tostes arquiteta
Maria Izabel da S. Lobo M. de Oliveira Arquiteta
Maria José dos Santos Nunes da Cunha Empresária na área de beleza
Maria José Melo Godoy Aposentada
Maria José Vargas Menna Artesã
Maria Julia Mendes Nogueira Professora
Maria Leticia Schneider Professora
Maria lucia millet brandao Administradora
Maria Luísa Taborda Borges Ribeiro Diretora de políticas públicas
Maria Luiza Alves legg pensionista
Maria Luíza Leite Franco Aposentada
Maria Martha de Andrade Advogada
Maria Morris Modelo
Maria N Ferreira da Silva Bióloga
Maria Nazaré Andrade Gonçalves Darbra Economista
Maria Nazaré Monteiro Calil Funcionária pública aposentada
Maria Paula Leal Assistente social aposentada MS
Maria R L Mortatti Professora universitária e escritora
Maria Regina Pontin de Mattos Arquiteta aposentada
Maria Rosane Tavares Lima Professora
Maria Rosinha de Almeida Diretora do Lar
Maria Stella Figueiredo Professor universitário
Maria Teresa P. Moraes Cineasta
Maria Teresa romano Designer
Maria Victoria de Mesquita Benevides Socióloga
Maria Vitória Yamada Müller Bióloga, gerente de projetos ambientais
Mariana Aroeira Médica, professora
Mariana Chaves Ferreira Botelho Psicóloga
Mariana Leonira da Silva Professora
Mariléia Giacomini Arruda Professora da Rede Pública
Marília Cunha Rios Professora
Marilia das Graças Janott Aposentada
Marilia Lisbôa Tardin Do Lar
Marina Amado de Almeida Bióloga, consultora ambiental
Marinilce Gomes Aposentada e artesã
Mario Celso da Gama Lima Júnior Médico
Mario Jorge de Almeida Enne Aposentado
Mario Rangel Aposentado
Marisa Dreyer Breitenbach Professora universitaria – UERJ
Marisa Ester Perin Tonon Professora rede Estadual SC e mediadora JR
Marise Nobili França Aposentada
Marisete Catapan Bióloga
Maristela Bernardo Jornalista e socióloga
Mariusa Gasparino Romano Professora
Mariza de Paula Assis Professora Universitária
Mariza Ferreira Salum Func. Publ. Aposentadaa
Mariza Pinto Fleury da Silveira Professora/Bibliotecaria
Marleine cohen Jornalista
Marta Maria Rodrigues Balata Advogada
Martim Assueros Gomes Sociólogo
Mary Sorage Praxedes da Silva Medeiros Bióloga, professora, servidora pública
Mauren Conceiçao Fontana Xavier Professora
Mauren Lemes Política/Turismo/Meio Ambiente.
Maurette Brandt Jornalista
Mauri César Barbosa Pereira Eng florestas – ativita em defesa das águas.
Maurício Abreu de Toledo Paisagista
Maurício Cavalcanti Músico e Servidor Público
Mauricio Guetta Advogado e professor em Direito Socioambiental
Mauricio Takahama Fotógrafo
Mauro Guimarães Professor Educador Ambiental
Mauro Motoda Arquiteto e professor universitário
Maycon Stahelin Servidor Público Federal
Melina Goulart de Paula Assistência técnica rural
Michael Becker Engenheiro ambiental
Michael Haradom Aposentado
Michel Frank Aquino Pereira Arquiteto
Miguel Miranda Filho Desempregado
Miguel von Behr Arquiteto urbanista e socioambientalista
Milena da Rosa Martins Professora de Yoga
Milene Ferreira da Silva Servidora pública
Mirela Santinho Química
Miriam Caetana de Souza Ferreira Aposentada
Mirian Guaraciaba Jornalista
Mirian Menezes de Oliveira Aposentada (professora)
Monica Gestora ambiental
Mônica Angela Castedo Santa Brígida Profissional liberal
Mônica Caetano Almeida Educadora
Mônica de Carvalho Moreira Médica
Monica de Paula Jung Médica
Monica Doria Professor
Monica Grin Professora
Mônica Guimarães Cineasta
Monica Lara Professora e artista plastica
Monica Lima Guimarães Artista/Professora
Monica Osorio Simons Autonoma
Mônica Simões Rocha Biologa
Monica Sofia Ladeira Torres Produtora cultural
Morvan Barreto Nobre Engenheiro
Muriel Saragoussi Socioambientalista
Myrna Machado Sociologa aposentada
Nadia Lima da Silva Rodrigues Dona de casa
Nádia Soares Pôrto Professora aposentada
Naiajara Fariaa Maciel Funcionária Pública aposentada
Nara Vasconcellos Bióloga aposentada
Natanael dos Santos Professor
Natasha de Souza Amaro Arquiteta urbanista
Nathalia de Felice Elias Nutricionista
Neide Teresinha Malard Professora universitária
Nelson Barbosa dos Santos Extensionista Ambiental
Nelson Cunha de Almeida Funcionário Público Federal
Nelson Do Amaral Pinto Engenheiro Agrônomo
Nelson Ferreira Junior Zoólogo, Professor UFRJ
Neusa Brasili a Vieira Aposentada
Neusa maria ferreira parolin Aposentada
Neusa Mariano Aposentada
Newton Mizuho Miura Jornalista
Ney Helou Médico
Nicolau Maeder Romanó Malschitzky Arquiteto
Nilton Gomes da Silva Professor
Nina Nunes Bióloga
Noemi Silva Ribeiro aposentada
Nora Maia Arquiteta
Norico K Nobrega Química aposentada
Norma MBGomes Bióloga aposentada MZUSP
Ocirema Rodrigues Alves professora aposentada
Odete Maria do Amaral Rocha Professora
Olendina Professora
Orlando Whately Bandeira Engenheiro
Orli Carlos Paul Funcionário público na secretaria de Meio ambiente e turismo
Oscar Bertoglio Professor Universitário
Osvaldo Moura Rezende Professor da Escola Politécnica da UFRJ
Otávio Velho Antropólogo
Pablo Rosa Ferreira Leite Autônomo
Pâmella Araújo Balcaçar Bióloga, Especialista em Biotecnologia e Bioprocessos, Mestranda em Telessaúde, Professora.
Paolina Leone Candia Hryniwicz Procuradora de Justiça Aposentada
Patrícia Almeida da Silva Estudante
Patrícia Andrade Vaz de Mello Personal trainer
Patrícia Domingos Professora
Patricia Gonçalves de Paula Assistente Social
Patrícia Lima Professora
Patricia Rodrigues Professora
Patrícia Zimmermann Wegner Oceanografa
Paula Rabello Sayad Empresária
Paulo Amado Corretor de imóveis
Paulo Aparecido Pizzi Biologia
Paulo C Leonetti Professor Pei
Paulo de Bessa Antunes Professor de Direito Ambiental
Paulo Fernando Rodrigues da Cruz Professor
Paulo Marcus Messias Jornalista (SP)
Paulo Ricardo Bittencourt Guimarães Professor universitário
Paulo Roberto Costa Dermo Pigmentado (tatuador)
Paulo Roberto da Silva Peres Médico
Paulo Roberto Raiz Servidor Público
Paulo Santos Fotojornalista
Paulo Sergio Rangel de Avellar Professor
Pedro Eduardo Graça Aranha Articulador Político da Coalizão Pelo Clima.
Pedro França e leite Velloso Analista de sistemas
Pedro Schreiber Ribeiro Cientista ambiental
Pedro Wilson Leitão Filho Consultor
Poliana de Araújo Rodrigues Professora
Priscila Furtado Contadora
Raby Khalil Ativista e Pres. do Conselho de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu/Pr.
Rachel Gonçalves dos Santos Advogada
Rafael Missiunas Advogado, Biólogo, Professor, Administrador, Contador e Vereador PT/RS
Rafaela Facchetti Assumpcao Engenheira
Raimunda de Andrade Ávila Servidora pública federal
Raimundo Santana Novaes Aposentado
Ramiro Gustavo Valera Camacho Engenheiro agrônomo
Ramon Lopes Antelo Produtor Rural
Randi Raddatz Pintor de construção civil
Regina C N Machado Agrônoma
Regina Guedes De carvalho Educadora
Regina Lex Engel Bióloga
Regina Oliveira da Silvs Pesquisadora- Bióloga
Reinaldo Canto Pereira Filho Jornalista
Renata Galvão de Melo Designer
Renata Gomes Machado Cardoso Fisioterapeuta
Renata Lopes de Barros Autonomo
Renato Cunha (BA) Engenheiro e ativista ambiental
Rênio Quintas Músico
Ricardo Braga Remensnyder engenheiro
Ricardo Brasiliense de Holanda Cavalcanti Professor
Ricardo Levi Professor
Ricardo Liberal Gonçalves Revisor de português
Ricardo Manhães de Araújo Enfermeiro
Ricardo Porto de Almeida Jornalista
Rinaldo de Andrade Pinto Engenheiro Projetos
Rita de Cassia Martins Rocha Motta Estudante
Rita de Cássia Nardelli Jornalista
Roberta gomes Psicóloga
Roberto L Souza Aposentado
Roberto Xavier de Lima Empresário
Robson Lopes de Freitas Junior Professor
Rodrigo de Azevedo Lago Empregado Público
Rogério Diniz Junqueira Pesquisador, doutor em Sociologia
Romulo Andrade artista visual
Ronaldo Avellar Arquiteto
Ronei de Lima Zimmermann Fetiemt
Rosa Maria Cordeiro Aposentada
Rosa Milet Professora
Rosa Mina Sakamoto Professora aposentada
Rosália Campbell Penna Enfermeira aposentada
Rosalvo de Oliveira Junior Ecossocialista
Rosana Maria Pereira Santiago Versiani Professora
Rosana Seligman Eng Eletricista
Rosane Dostal Xavier Instrutora de qualificação profissional
Rosane Franca Stuckert Ceramista
Rosane Veiga Lopes Farmacêutica
Rosângela Saavedra Freire Bancária aposentada
Rose Nascimento Caixa
Rosemary Nascimento Peres Assino esse manifesto
Rosi Germann Empresária
Rosimar Maria Rosinha Piedade Ferrari Funcionária Pública Aposentada
Rosimery Fátima de Andrade Lima Servidora Pública estadual da Assembleia Legislativa do RN
Rosita Fontes Medica
Rubem Ricardo Azevedo Lima Advogado
Rubens Eduardo Silveira Funcionário Público
Rubens Harry Born Ambientalista, engenheiro e advogado
Rui Pereira Roeder Diretor Sindical – SINTESPE/SC. Servidor Público Estadual/SC
Rui Velloso Arquiteto
Ruth Bernardi Aposentada
Ruth Floresta de Mesquita Micro empresaria
Ruth Viotti Saldanha Professora
Ruy Romano Agronomia
Sabrina Célia dos Santos Santana Cuidadora
Samir Cury Empresário e Pesquisador
Sandra Aparecida Padilha Magalhães Fraga Bióloga
Sandra de Camargo Ciucci Advogada
Sandra Kida Sanches de Oliveira Professora
Sandra Mara Cardoso Funcionária pública aposentada
Sandra Maria Chiappetti Aposentada
Sandra Maria Suassuna Do lar
Sandra Pereira Professora
Sandra Regina Degani Duarte Assistente Social
Sania Cristina Dias Baptista Arquiteta
Sara Corrêa Publicitária
Sarita Wolfenson Medica
Saulo Moscardini Músico / Filósofo
Sebastião José Martins Soares Engenheiro de Minas
Sebastião Ruy Oliveira de Souza Sim
Sergio Borges Advogado
Sérgio Fernandes de Castro Aposentado
Sérgio Francisco da Silva Aposentado
Sérgio Gustavo Monteiro Macedo Jornalista
Sérgio Herrmann Lemke Músico
Sergio Leandro De Souza Jornalista
Sérgio Luís Boeira Professor e pesquisador universitário (SC)
Sergio luiz da Silva Comerciario
Sergio Luiz Rodrigues da Cruz Designer
Shanahan Bark da silva Jardineira
Sheila Maria Branco Cunha Leite Médica aposentada
Shirley Noely Hauff Bióloga
Silvana de Andrade Bióloga
Silvana Gontijo Jornalista e escritora
Silvania de Souza Diretor de Escola
Silvia Maria Montenegro Diniz Aposentafa
Silvia Rodrigues Jardim Médica
silvia schaefer tavares Funcionária Pública
Silvio José Marques Aposentado
Silvio Naslauski Aposentado
Silvio Wittlin Prof. de História
Simone Aparecida Laranjeira da Conceição Gomes Técnica de enfermagem
Simone pazelo Desempregada
Simone Venceslau da Silva Psicopedagoga
Socorro Teles Aposentada
Solange Aparecida de Moura Docente
Solange Aziz Cretton Aposentada
Solange de souza barbosa Aposentada secretaria
Solange Maria Costa Fisioterapeuta
Solange Mendonça Professora aposentada
Soleci da Silva Ferreira Professora aposentada do Estado de Santa Catarina
sonia Goncalves Aposentada
Sonia Maia Jornalista
Sonia Maria Gonzalez Vidal Aposentada
Sonia Maria Nogueira Musico
Sônia Maria Portinho Magalhaes Aposentada funcionária pública federal INSS
Sonia Mariana Gasparotto Aposentada
Sônia Regina Maranhão Aposentada
Sonize Carneiro Bandeira de Mello Professora
Stela Carmona Artista plástica
Stela Maria Santos Brandão Funcionária Pública
Stephanie Malherbe Produtora cultural
Suelen dos Santos Cossu chagas Assistente social
Sueli Bellato Advogada, militante de direitos humanos , religiosa
Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo Especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima
Suely Rocha Domingues Assistente social
Susan Leque Cordeiro Aposentada
Susana Cividanis Patueli Professora
Susana Lanzer Pereira de Souza Psicóloga
Suselli Batista Professora
Sydney Cincotto Junior Antropólogo
Sylmara Beletti Jornalista
Sylvia Caracas Psicóloga
Taciana Robalinho Cavalcanti Ambientalista.
Taise Machado Melo Advogada
Talita Alves Mauricio Tavares Decoradora de Interiores
Talita Lopes Gestora Ambiental
Tânia Cristina Pereira Ramos Antelo Aposentada
Tania M T Maiole Do lar
Tatiana Andrade França Gomes Empresaria
Tatiana Diniz Gonçalves Empresária
Tatiana Molero Giordano Professora
Tatiane Ferreira de Souza Gestora de equipe
Teresa Elaine y Professora
Teresa Maria Tigre Holanda Cavalcanti Sociologa Aposentada
Teresinha Maria da Silva Administradora de empresas
Tereza cristina saraiva Área do comércio
Terezinha Maguilene Santos Leal Servidora pública estadual
Thadia Turon Costa da Silva Professora Universitária
Thais Sabino de Freitas Artista
Themistocles Soares Saraiva Filho Aposentado
Thereza christina orenga izidoro Tizidoro@yahoo.com.br
Thiago Ferreira de Albuquerque Servidor Publico
Thierry Dor Professional energia baixo impacto
Tomás Enrique Kreiner Aposentado
Traude Kollert Do lar
Ubalda Estrela de Oliveira Socióloga
Uerlim da Silva Mendes Engenheiro Civil
Ursula Currlin Japp Desenhista
Ursula Currlin Japp Desenhista
Valdaglenia Farias Administradora
Valdeci Martins Bie Porteiro
Vanda carris Funcionário aposentada
Vanderlei Lemos Antunes Professor
Vanessa da Silva Alves Professora
Vanessa Lucas Gonçalves Administradora, servidora na Universidade Federal do Paraná
Vania Bitencourt de Araujo Economista
Vania Lucia da Cunha Pereira Arquiteta
Vânia Viana Santos Terapeuta e Estudante
Vera Dodsworth arquiteta
Vera L S B Augusto Funcionária Pública
vera longo psicóloga
Vera Lucia de Mello Aché Psicoterapeuta
Vera Lúcia menna barreto trevisan Faço tudo pela democracia
Vera Lucia Pereira Diniz Professora de educação física
Vera Lúcia Rocha Laporta Arte Educadora e coordenadora da comunicação do CETRANS – Centro de Educação Transdisciplinar
Vera Lucia Silva Lopes Artista , Professora – pesquisadora Dança Teatro
Vera Lúcia Zugno Restauradora
Vera M F da Silva Servidor publico
Vera maria fontana Professora aposentada
Vera Maria Ribeiro Nogueira Assistente Social e Professora
Vera Odila Gonçalves Ramos Aposentado
Verônica Figueiredo Professora
Verônica Gomes de Aquino Professora.
Vinícius André Lisboa Santos Universitário
Vinicius Santos Soares Economista
Virgílio Alcides de Farias Advogado
Virginia Candido da Silva Professora aposentada
Virgínia Schlemm Economista
Virgínia Serpa da Silva Professora
Vivian Elizabeth Araujo Enfermeira
Vivian Gilio Advogada
Viviane Buchianeri analista ambiental
Viviane de formiga Xavier lund Veterinaria
Vosmarline Graziela Rocha Lima Professora
Wagner G Portilho Biólogo
Wagner Goncalves Advogado
Waldir Pan Eng. Agrônomo
Walter guimaraes Professor musica
Wanda Maldonado Socióloga
Wanda Vilhena Freire Arquiteta
Wandira Moreira Professora
Waneska Cardoso de Schueler Funcionária pública
Welerson Gonçalves Vieira Professor
William Ampese Servidor Público e Líder Sindical
William Seewald Arquiteto e Urbanista
William Wollinger Brenuvida Jornalista
Wilmar teske Radialista
Wilson Cabral de Sousa Junior Professor
Yara Taira Especialista em desenvolvimento de Sistemas
Yara Valverde Professora
Yndira Castro Dourado Guerra Aux. Administrativo
Zeca Pires Funcionário UFSC e Cineasta
Zélia Coelho Aposentada
Zenilda Barbosa Vilela dos Santos Docente e estudante
Zuleica Russo Médica
Zuleika Pinho de Abreu Professora aposentada
   
Mandata Feminista do Bem Viver

Mandata Feminista do Bem Viver

A indignação com o sistema político muitas vezes afasta as pessoas das urnas e gera descrença e desesperança, especialmente em momentos de crise. Mas será que precisa ser sempre assim?

A Mandata Feminista do Bem Viver aposta na construção de mandatos coletivos juntando mulheres do campo, da cidade e da floresta em torno de mil lutas pelo Bem Viver, em um formato genuinamente coletivo sem salvadores da pátria e decidindo a partir de assembleias populares.

Mas o que é e como funciona um mandato coletivo?

O formato de mandato coletivo não é novo. Ele nasceu em 2016 quando um grupo de cinco pessoas no município de Alto Paraíso de Goiás decidiu que, ao invés de uma pessoa disputando eleições para vereador, eles se lançariam todos juntos para a mesma vaga. A ideia de coletivizar os espaços de poder e, ao invés de um vereador, ter cinco pessoas como “covereadoras” cativou a comunidade na Chapada dos Veadeiros, conseguindo vencer aquelas eleições.

Em 2018 mais de 12 candidaturas coletivas foram lançadas e duas foram eleitas: em São Paulo e Pernambuco, ambas ocupando coletivamente com codeputadas o que seria uma vaga para deputada estadual. A partir dessas vitórias de 2018 a modalidade de mandato coletivo ganhou alcance e mais credibilidade ao ponto que, nas eleições de 2020, mais de 250 candidaturas coletivas foram lançadas, sendo 25 delas eleitas para cargos de vereança. O próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no final de 2021 aprovou a existência de mandatos coletivos como algo legítimo dentro do sistema eleitoral brasileiro, respeitadas algumas condições.

Entre as candidaturas de vereança coletivas eleitas em 2020 está a Coletiva Bem Viver Floripa. Uma de suas participantes, que atualmente ocupa o cargo de covereadora em Florianópolis, Cíntia Mendonça, é enfática na defesa do formato como caminho para transformar o sistema político e trazer brilho nos olhos das pessoas com a política:

“As pessoas estão fartas de se sentirem impotentes para mudar coisas que percebem que estão muito erradas à sua volta e anseiam pela possibilidade de tomar decisões sobre os rumos da sociedade. Um mandato coletivo não apenas coletiviza a tomada de decisão, mas tira o poder dos palácios e devolve para os territórios, onde as pessoas comuns conseguem debater em assembleias o que desejam que as pessoas codeputadas apresentem enquanto proposta no mandato coletivo. É uma forma superior de construção da democracia: a democracia direta, que Santa Catarina tanto precisa”, afirma.

Além de Cintia Mendonça, a Mandata Feminista do Bem Viver é composta por mais 8 mulheres, são elas:

1. Nandja Xokleng

Mãe de 3, é acadêmica em Odontologia pela FURB e Pedagogia pelo IFC, é guerreira Laklãnõ Xokleng e militante pela moradia digna, justiça social e ecossocialista em Blumenau. Também está envolvida na luta de repercussão nacional do Marco Temporal.

2. Deise Guarani
Deise reside na aldeia Mbya Tava’í, em Canelinha (SC). É mãe, artesã, guerreira Guarani e professora de matemática.

3. Marilia Monteiro
Também conhecida como Léia, é mãe de 6, mora na comunidade da Maloka há 34 anos. Trabalha com limpeza e constrói o Território Coletivo da Maloka na luta por bairros dignos e saúde coletiva.

4. Arianide Jean-Baptiste
Haitiana que mora há 7 anos no Brasil. Ari é mãe, turismóloga e lutadora pelos direitos dos povos em movimento, constrói um coletivo de imigrantes que conta com grande apoio social em Florianópolis, Balneário Camboriú, Palhoça, São José, Joinville e Blumenau.

5. Janaina Rodrigues
É mãe, diarista, cozinheira, moradora do Morro do Horácio, periferia de Florianópolis, e militante pela organização comunitária em defesa da moradia e vida digna para o nosso povo.

6. Mariana Furlan Sartor
De Criciúma (SC), Mariana é mestranda em biologia, antiespecista, feminista, vegana e militante ecossocialista. Atua nas lutas por justiça climática e socioambiental através do Fórum Popular da Natureza do Sul de SC. Também é presidente do PSOL-Criciúma.

7. Bianca Tribéss
Militante ecossocialista e feminista. Psicóloga, presente nas lutas LGBTQIAP+, da dignidade no campo e saúde coletiva. Constrói as Comunidades Agroecológicas do Bem Viver e Territórios Coletivos.

8. Mirê Chagas
Mulher negra, LGBT+, estudante e fomentadora do Transfree na cidade de Florianópolis. Constrói o Coletivo Negro de Assistência Social Magali da Silva Almeida, e o Núcleo de Aquilombamento de Intelectualidades Afro-Transcentradas (N’Aya)

O formato de mandato coletivo defendido pelo Movimento Bem Viver propõe dividir o salário e aproximar o salário de cada pessoa codeputada e do gabinete com o de uma professora de ensino da rede estadual.

A Mandata Feminista do Bem Viver, que está saindo como candidata à vaga de deputado estadual em Santa Catarina, junta 9 mulheres de lutas que travam batalhas cotidianas nos territórios da cidade, campo e florestas, construindo um programa ecossocialista diante de eixos que estruturam a sociedade exploradora e opressora que vivemos. Por isso, algumas das nossas principais frentes de luta são:

1. Cultura. Incentivar pontos de cultura e economia criativa em SC.

2. Pelos Povos em Movimento. Lutar para garantir Centros de Referência a Imigrantes e Refugiados nas macrorregiões de SC.

3. Reforma Urbana. Fortalecer os Estatutos das Cidades e a participação popular na luta por moradia para promover a Reforma Urbana em SC.

4. Povos Indígenas. Garantir políticas políticas para permanência digna dos povos indígenas nos centros urbanos.

5. Saúde. Defender o SUS 100% público, com estratégias comunitárias de promoção da saúde a partir dos territórios, da agroecologia, dos princípios do bem viver e com a valorização dos agentes comunitários.

6. Assistência Social. Garantir 1% da receita corrente líquida do Estado para a Política de Assistência Social, de forma regular e automática para os municípios.

7. Feminismo. Criar programas por escolas, creches e lavanderias populares, que funcionem em tempo integral, de qualidade e com acesso universal;

8. Segurança Pública Antirracista. Fortalecer a realização de fóruns populares de segurança pública para a construção de um programa de segurança popular nos territórios das periferias.

9. Educação e Combate às Opressões. Defender uma Educação pública, gratuita, laica, não sexista, não racista, não LBTfóbica e que garanta o respeito diversidade de gênero;

10. LGBTQIA+. Instituir, ampliar e/ou fortalecer ambulatórios especializados na saúde integral da população trans.

11. Mudanças Climáticas e Transição Energética. Garantir a atualização e implementação da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina.

12. Libertação Animal. Proibir e combater a utilização de animais para esporte/entretenimento e incentivar programas que não incluam a exploração animal e o especismo

13. Soberania Alimentar. Criar restaurantes populares, cozinhas e hortas comunitárias geridos por cooperativas locais com unidade campo-cidade como medida emergencial de enfrentamento à fome e garantia de soberania alimentar e geração de renda, com fundamento na agroecologia e economia solidária feminista.

14. Mobilidade Urbana. Incentivar e propor implementação da Tarifa Zero no transporte público dos municípios de SC.

15. Combate às Violências. Fortalecer e implementar equipamentos integrantes da rede intersetorial de enfrentamento à violência contra as mulheres, incluindo o combate à violência obstétrica.

Queremos lotar as casas de poder de pessoas que constroem no dia a dia a luta do povo, com o povo. Para isso, precisamos brigar contra quem tem todo o poder, toda a mídia e todo o dinheiro para ganhar essas eleições.

Você pode nos ajudar divulgando nosso conteúdo, contando para seus amigos sobre essa construção inspiradora que estamos fazendo ou ainda, se for possível pra você, doar através da nossa vaquinha on-line https://bemviversc.financie.de/

No aniversário de Blumenau Afrânio afirma luta em defesa do meio ambiente

No aniversário de Blumenau Afrânio afirma luta em defesa do meio ambiente

No dia do aniversário de Blumenau (sexta-feira, 2), o candidato ao Senado Afrânio Boppré estará na cidade, ao lado da ambientalista Miriam Prochnow, primeira suplente, para participar das comemorações e de reuniões com a militância da região. Afrânio vai reafirmar em Blumenau seus compromissos com a cidade, com a região e com toda Santa Catarina com a defesa do meio ambiente, da democracia, do fim do congelamento dos investimentos em saúde e educação e pela revogação da reforma trabalhista.

Um dos temas do encontro em Blumenau, às 13 horas, na Rua Benjamin Constant 2469, será a questão ambiental. “Quando nós assistimos a um ex-ministro do Meio Ambiente, famoso por querer abrir caminho para a boiada de ilegalidades passar, brigando nos bastidores de um debate presidencial na TV, nos damos conta da situação patética em que nos encontramos. Esse é retrato do descaso total a que o meio ambiente está submetido no governo Bolsonaro”, critica Afrânio.

Nesse contexto, Afrânio alerta para a luta em defesa da democracia. “Mais do que nunca precisamos estar com a população catarinense para defendermos a nossa democracia, que vem sendo atacada covardemente”, disse o candidato ao Senado. “A representação de Santa Catarina no Senado está desatualizada, não tem vitalidade e se põe ajoelhada aos pés de Bolsonaro. Não é possível que um estado com a pujança de Santa Catarina tenha representantes tão fracos na hora de falar alto e dizer em bom tom o que nós queremos, o que necessitamos para o nosso estado”, defende Afrânio.

Como primeira suplente da chapa encabeçada por Afrânio, a ambientalista Miriam Prochnow representa a necessidade de levar o debate sobre a crise climática de Santa Catarina para o Senado. “É necessário implementar urgentemente ações que permitam que a vida de todas as espécies continue existindo com qualidade no nosso planeta”, diz Miriam.

A chapa Afrânio, Miriam e Márcia Stefani, a segunda suplente, é de luta. “Buscamos para Santa Catarina uma representação de verdade no Senado, uma representação que coloque no centro do debate os direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens e das minorias e tenha a defesa do meio ambiente, da cultura, da ciência e da educação como bandeiras permanentes”, garante Miriam Prochnow.

Aniversário de Blumenau
Conheça as candidaturas da REDE para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa por Santa Catarina

Conheça as candidaturas da REDE para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa por Santa Catarina

A Rede Sustentabilidade é fruto de um movimento aberto, autônomo e suprapartidário que reúne brasileiros decididos a reinventar o futuro do país.

São cidadãos e cidadãs dispostos a contribuir de forma voluntária e colaborativa para aprofundar a democracia no Brasil e superar o monopólio partidário da representação política institucional.

A efetiva participação de brasileiros e brasileiras nos processos decisórios é condição fundamental para a promoção do desenvolvimento justo e sustentável.

Aberta ao diálogo e construída com a participação direta de seus integrantes, a Rede Sustentabilidade é um espaço de mobilização e inovação, no qual floresce uma nova cultura política.

Em 2022 teremos uma das campanhas eleitorais mais importantes da história do Brasil. Nesta empreitada, a REDE está em Federação com o PSOL. Uma campanha de resistência, que será marcada pela defesa da Democracia e da luta por um mundo sem desigualdades e que seja sustentável. É preciso garantir que sejam implementadas urgentemente ações que permitam que a vida de todas as espécies, com qualidade, continue existindo no nosso planeta.

Apresentamos aqui as candidatas e candidatos para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa da REDE por Santa Catarina. Opções verdadeiras e que estão comprometidas com um futuro melhor para o Brasil. Escolha seus candidatos (as) e engaje-se na campanha. A hora é essa.

Candidaturas a Deputados (as) Federais

Felipe Soller – Coletivo Pró Meio Ambiente – 1808
Maria Margarete Philippi Cecconi – 1850
Professor Marcos Alves Soares – 1800
Reinaldo Haas – É o clima – 1881
Ricardo Bretanha Schmidt – 1888
Tereza Cristina Pereira Barbosa – tereza da Águas – 1818

Candidaturas a Deputados (as) Estaduais

Amilton Ribeiro de Souza – Sagui – 18018
Eliane Aparecida Greggio – 18800
Gevaneide Fernandes Rodrigues – Geva – 18520
Graziane Silva – Grazi – 18007
Jair Barbosa – 18888
Joani Justino Felix – 18243
Juliano Bueno – 18775
Por uma representação de verdade no Senado Federal

Por uma representação de verdade no Senado Federal

Hoje começa uma das campanhas eleitorais mais importantes da história do Brasil. Uma campanha de resistência, que será marcada pela defesa da Democracia e da luta por um mundo sem desigualdades e que seja sustentável. É necessário implementar urgentemente ações que permitam que a vida de todas as espécies continue existindo com qualidade no nosso planeta.

Como vocês sabem, decidi fazer parte desse momento, como candidata à suplente de senador, junto com Maria Cristina de Mello, na chapa de Afrânio Boppré – 500, pela Federação PSOL-REDE.

Buscamos para Santa Catarina uma representação de verdade no Senado Federal, uma representação que coloque no centro do debate os direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens e das minorias e tenha a defesa do meio ambiente, da cultura, da ciência e da educação como bandeiras permanentes. Para marcar esse início de campanha, compartilho com vocês uma imagem de um local que simboliza a minha luta, em meio à natureza, que é nosso lar e que uma vez conservada nos dará condições de superar todos os desafios.mentar o Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica criado pela Lei nº 11.428 (sancionado em 2006 pelo Presidente Lula) e ainda não regulamentado e implementado. 

Confira as mini-bios dos candidatos que compõem a chapa:

Afrânio Boppré

Professor, economista, vereador
Afrânio é um lutador
 
Nasceu em Florianópolis em 1960. É formado em Economia pela UFSC. Também na UFSC, Afrânio está concluindo o doutorado em Geografia. Fundou e dirigiu, em Santa Catarina, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos de Santa Catarina (DIEESE). Foi professor substituto de Economia na UFSC e de diversas cadeiras na Cesusc.
 
É um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em Florianópolis. Em 1996, elegeu-se vice-prefeito de Florianópolis na chapa liderada pelo também professor, Sérgio Grando. Foi deputado estadual entre 2000 e 2006. Em 2005, saiu do PT e parte para a construção do recém-fundado Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
 
No PSOL, coordenou a campanha presidencial de Plínio de Arruda Sampaio (2010) e posteriormente, assumiu a presidência do Partido no País. Em 2012, elegeu-se vereador em Florianópolis, com 3.132 votos. Foi a principal voz da oposição, em uma atuação exemplar que lhe rendeu, na eleição seguinte, a terceira maior votação da Cidade, com 5.432 votos. Está em novo mandato na Câmara de Florianópolis, eleito em 2020.
 
É casado com Maria Cristini, com quem tem um filho, Gabriel.
 
 
Miriam Prochnow
Educadora, ambientalista e ativista climática
Miriam é uma guerreira de luta e de paz
 
Nasceu em Agrolândia, em 1964. É formada em pedagogia e especialista em ecologia e trabalha na área ambiental, com enfoque no acompanhamento e proposição de Políticas Públicas, Sustentabilidade, Educação Ambiental e Desenvolvimento Institucional. Tem mais de 35 anos de experiência em coordenação de organizações da sociedade civil, execução de projetos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais e culturais, campanhas, desenvolvimento institucional e produção de materiais e publicações, tendo atuado em ONGs, redes e no Governo Federal. Em 1987 foi uma das fundadoras da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Foi Coordenadora da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) e da Rede de ONGS da Mata Atlântica (RMA). Foi Secretária Executiva do Diálogo Florestal. Também tem trabalhado no desenvolvimento e implantação de programas ambientais e sua negociação com diferentes setores, como o Observatório do Clima, o Observatório do Código Florestal e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
 
É fotógrafa, produtora e locutora de vídeos, além de coordenadora e autora de livros e publicações voltados ao meio ambiente e à educação. É integrante do Movimento Escoteiro, tendo sido chefe do Grupo Escoteiro José de Anchieta, em Brasília, na época em que suas filhas frequentavam o grupo. Foi condutora “Abraça” da Tocha Olímpica, representando as causas da sustentabilidade dos Jogos Rio 2016, indicada pelo FSC®, o Conselho Mundial de Certificação Florestal.
 
É casada com o ambientalista Wigold Schaffer, com quem tem duas filhas, Carolina e Gabriela.
 
Em 1988, foi candidata à prefeitura de Ibirama pelo Partido Verde (PV), quando participou da primeira chapa totalmente feminina – com vice também mulher – do Brasil. Ainda pelo PV, foi candidata a deputada federal em 2010. Em 2013, participou da fundação da Rede Sustentabilidade e em 2018 foi candidata do partido ao Senado.
 
 

Maria Cristina Mello em artes, Christina Guiçá
Cantora, ativista cultural
Maria Cristina é Porta voz e defensora da diversidade cultural

Formada em Arte pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, atuou em vários espetáculos teatrais, sob direção de alguns diretores, como: Naum Alves de Souza, Gabriel Villela, William Pereira, Carlos Alberto Sofredini, tanto no Brasil quanto no exterior.

 
É integrante do Grupo Mawaca desde 1998, grupo paulistano de world music, cantando em mais de 21 idiomas, passando por várias etnias e gêneros musicais, tendo participado de vários festivais de world music no exterior.
 
Em 2002, muda-se para Bombinhas, litoral de Santa Catarina, presta concurso e se efetiva como professora de Arte nas escolas municipais e estaduais.
 
Em 2009, recebe o convite do então prefeito Manoel Marcílio dos Santos para presidir a Fundação Municipal de Cultura, onde permaneceu até o ano de 2012. Nesse período desenvolveu vários projetos. Com as Oficinas Culturais conseguiu movimentar uma porcentagem significativa da população de Bombinhas fazendo arte. Em 2010, trouxe um Cineclube para a cidade, através do programa Cine Mais Cultura do Minc. No mesmo ano, inscreveu a Revista – Tu Visse?!, no Edital de Cultura Viva, sendo vencedora e trazendo o prêmio e o selo de cultura viva para a cidade. Inscreveu Bombinhas em outros editais como Espaços Mais Cultura e Criação de Biblioteca Pública, onde manteve convênio com o Minc, deixando a concretização desses espaços para a próxima Administração, voltando para a sala de aula, onde permaneceu até 2021, por ocasião de sua aposentadoria.
 
Atualmente, dedica-se a projetos pessoais como: aulas de técnica vocal, projetos com o Grupo Mawaca (cantigas de ninar pelo mundo), encontros virtuais e gravações de vídeos durante a pandemia, bem como projetos para participar de editais por Santa Catarina, como: EmpoderaMente (espetáculo teatral sobre a violência sofrida pelas mulheres) e Geografia dos Sons – uma viagem sonora aos povos originários na formação de nossa cultura.
A Mata Atlântica em perigo

A Mata Atlântica em perigo

Estamos a apenas oito anos de 2030, ano que marca o fim da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, um apelo para a proteção e revitalização de ecossistemas do mundo todo. Os riscos envolvendo a perda da biodiversidade foram discutidos durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 15) que ocorreu na China, em 2021. Durante o evento, foi divulgado que nas próximas décadas, pelo menos um milhão de espécies correm risco de desaparecer para sempre graças à ação humana, que está por trás das mudanças climáticas, da destruição de habitats, poluição e agricultura industrial.

O ano de 2030 também foi definido como meta para a redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) em 45% em comparação com os níveis de 2010. Trata-se de um passo fundamental para limitar o aquecimento global a 1,5ºC e frear os danos causados pelas mudanças climáticas. Durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) ocorrida na Escócia em 2021, o Brasil se comprometeu a restaurar e reflorestar 18 milhões de hectares até 2030, além de recuperar 30 milhões de hectares de pastagens degradadas. Mas ainda não está claro de que forma poderemos atingir essa meta.

O Brasil, conhecido por sua natureza rica e exuberante, infelizmente, foi líder mundial na perda de florestas tropicais em 2021, de acordo com dados do Global Forest Watch. Com a perda de 1,5 milhão de hectares de florestas primárias, o país respondeu por 40% da derrubada registrada globalmente. Em 2021 foram desmatados mais de 21 mil hectares de Mata Atlântica, índice 66% superior ao registrado no período de 2019-2020 e 90% acima do observado entre 2017 e 2018. O país encontra-se em um momento crítico, colocando em risco biomas únicos como a Mata Atlântica, um hotspot mundial com recordes de biodiversidade e um dos mais ameaçados do planeta. Com apenas 12,5% de sua área original preservados, abriga 35% de todas as espécies vegetais do país e mais de duas mil espécies de animais, sem contar os insetos. Conforme mostram os dados do Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica/Inpe), o bioma continua sofrendo com desmatamentos, colocando em risco a qualidade de vida de mais de 100 milhões de brasileiros que dependem das bacias hidrográficas localizadas em áreas de Mata Atlântica para terem acesso à água.

É por isso que o 27 de maio, o Dia da Mata Atlântica, é mais um alerta à sociedade diante desse cenário e um chamado para a ação. Além dos riscos à biodiversidade, o desmatamento aumenta os níveis de erosão do solo e afeta a qualidade e a disponibilidade de água para a população. Outra consequência é o aumento nas emissões de CO2 na atmosfera, que contribuem com o aquecimento global, levando a uma maior incidência de inundações, ondas de calor, furacões e incêndios florestais no mundo todo. No Brasil, os principais efeitos das mudanças climáticas são períodos de estiagem mais longos na região nordeste e o aumento na frequência e na intensidade das inundações no sul e sudeste.

A boa notícia é que, mesmo com níveis de desmatamento alarmantes, o Brasil sozinho representa 20% das oportunidades globais nas chamadas Soluções Baseadas na Natureza (SBNs). As SBNs são uma das formas mais eficientes de recuperar áreas florestais degradadas e incluem ações como a restauração ambiental, o enriquecimento ecológico de florestas secundárias e a gestão sustentável de ecossistemas. Ainda que o investimento inicial possa parecer alto, já que exige um amplo planejamento e conhecimento técnico para garantir a escala e o sucesso desse tipo de empreitada, dados apontam que para cada dólar investido em restauração, pode-se esperar entre US$ 7 a US$ 30 em retorno para a sociedade.

Além das vantagens para o meio ambiente, esse tipo de iniciativa oferece oportunidades para a diversificação de renda no meio rural, como a silvicultura de espécies nativas, os sistemas agroflorestais e o potencial pagamento por serviços ambientais (PSA), que remunera os produtores rurais que investem na restauração ambiental de suas propriedades.

Estudos divulgados pelo WRI apontam que mundialmente, as florestas em pé têm papel importante no combate ao aquecimento global por funcionarem como uma espécie de sumidouro de carbono, com uma absorção líquida de 7,6 bilhões de toneladas de CO2 por ano, 1,5 vez mais carbono do que os EUA, segundo maior emissor do mundo, emitem anualmente.

A humanidade enfrenta atualmente um dos seus maiores desafios: a reversão do aquecimento global e seus inúmeros danos, que já são sentidos em todas as partes do planeta. O Brasil, país continental com sua biodiversidade única, tem a oportunidade de ser um dos protagonistas nessa busca por um futuro possível. É preciso que o tema faça parte do dia a dia da sociedade, das empresas e do governo para que possamos nos unir em prol desta importante missão.

*Autores: Julian Fox é Diretor Global de Nature Programs na Tetra Pak e Miriam Prochnow é co-fundadora da Apremavi. Juntas, lançaram em abril de 2022 o projeto Conservador das Araucárias. Para mais informações, acesse.

Publicado originalmente em: Estadão.

Por que apoiamos Lula e Alckmin?

Por que apoiamos Lula e Alckmin?

Algumas pessoas nos perguntam se somos petistas? Não, não somos. Somos filiados à REDE Sustentabilidade. Nas últimas 3 eleições votamos na Marina Silva no primeiro turno e votaríamos nela novamente se candidata fosse.

Aos fatos:

É fato que LULA tem experiência de 8 anos (2003 a 2010) como Presidente da República e deixou o cargo com 88% de aprovação popular. É fato que Alckmin foi governador de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018, portanto, também tem experiência como administrador público.

É fato que LULA e ALCKMIN são democratas, defendem a DEMOCRACIA, a Constituição e as instituições democráticas, fizeram isso enquanto ocuparam cargos públicos. E nós queremos que a DEMOCRACIA seja fortalecida, os direitos humanos  e a liberdade de imprensa respeitados.

É fato que Lula foi alvo de denúncias e respondeu a 25 processos. Todos esses processos foram extintos por absolvição, falta de provas ou parcialidade (perseguição) de juiz e procuradores. LULA teve sua inocência reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Comissão de Direitos Humanos da ONU.

LULA e ALCKMIN são a única opção viável para derrotar o fascismo e o obscurantismo que estão no poder. Eles tem capacidade e experiência para fazer o Brasil voltar a respeitar a democracia, os direitos humanos, o meio ambiente, valorizar a educação e a cultura, respeitar as minorias, os povos indígenas e as mulheres. Eles tem reconhecimento e respeito internacional para fazer o Brasil reassumir o seu papel de protagonista e voltar a ser respeitado no mundo.

No governo Lula/PT o Brasil chegou a ser a sexta economia mundial, o salário mínimo teve ganho real de mais de 70% e foram gerados mais de 20 milhões de empregos. Entre 2003 e 2014 foram criadas 18 novas universidades federais e 173 campus universitários, praticamente duplicando o número de alunos de 505 mil para 932 mil. Além de inúmeras outras realizações nos campos da educação, da saúde, da agricultura familiar e da cultura.

No Governo Lula, tendo como ministros Marina Silva, Carlos Minc e Isabela Teixeira houve inúmeras realizações e avanços na área ambiental, a seguir resumidos:

  • 2004: assinado o Decreto nº 5092, que estabeleceu as Áreas Prioritárias para Conservação da Natureza.
  • 2004: Criado o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia: responsável pela diminuição do desmatamento na Amazônia em 83% entre 2004 e 2012.
  • 2006: aprovada a lei nº 11.428, Lei da Mata Atlântica, depois de 14 nos de tramitação no Congresso.
  • 2006: aprovada a Lei nº 11.284, de Gestão de Florestas Públicas e criação do Serviço Florestal Brasileiro.
  • 2007: aprovada a criação do ICMBio  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Lei nº 11.516, para cuidar das unidades de conservação federais.
  • 2008: assinado o Decreto nº 6514 – que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais.
  • 2008: Assinado o Decreto nº 6660 – que regulamenta a Lei da Mata Atlântica.

No Governo Lula foram criados 26,8 milhões de hectares de  novas Unidades de Conservação, incluindo o Parque Nacional da Serra do Itajaí com 57.300 ha, o Parque Nacional das Araucárias com 12.841 hectares e a Estação Ecológica da Mata Preta com 6.573 hectares, estes três em Santa Catarina.

No Governo Lula foram homologados 18,7 milhões de hectares de Terras Indígenas.

Nós apoiamos LULA e ALCKMIN porque queremos que as conquistas n área ambiental sejam mantidas e ampliadas. Queremos que os retrocessos na área ambiental sejam anulados e revogados. Queremos que novas Unidades de Conservação sejam criadas e todas as Terras Indígenas sejam demarcadas e reconhecidas.

Propostas enviadas para o Programa de Governo de LULA e ALCKMIN

Diante das graves crises ambientais que afetam o planeta como um todo e também o Brasil – perda de biodiversidade, escassez hídrica e mudanças climáticas -, é necessário estabelecer um vigoroso programa de criação e implementação de Unidades de Conservação. Além de serem a melhor forma de enfrentar a perda de biodiversidade, a escassez hídrica e as mudanças climáticas, as Unidades de Conservação são hoje, em todo o mundo, uma das melhores formas de gerar renda e emprego para comunidades locais e para alavancar o crescimento sustentável da economia como um todo.

Sistema de Unidades de Conservação

O Brasil tem um dos maiores sistemas de Unidades de Conservação (UC) do mundo, totalizando cerca de 157 milhões de hectares na área continental e cerca de 98 milhões de hectares na área marinha. A distribuição dessas UCs, no entanto, não contempla de forma adequada a diversidade ambiental nacional, uma vez que a Amazônia concentra 75,79% das UCs da área continental. Com exceção da Amazônia, todos os biomas estão muito abaixo dos 17% considerados minimamente necessários para assegurar a preservação da biodiversidade – meta assumida formalmente pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), meta essa que deveria ter sido implementada até 2020. (META DE AICHI 11 (CDB COP-10). Até 2020, pelo menos 17% de áreas terrestres e de águas continentais e 10% de áreas marinhas e costeiras, especialmente áreas de especial importância para biodiversidade e serviços ecossistêmicos, terão sido conservados por meio de sistemas de áreas protegidas, geridas de maneira efetiva e equitativa, ecologicamente representativas e satisfatoriamente interligadas e por outras medidas espaciais de conservação, e integradas em paisagens terrestres e marinhas mais amplas.)

Segundo o Cadastro Nacional de Unidades  de  Conservação  do  Ministério do Meio Ambiente (SNUC), com dados atualizados até 2018, somando-se as áreas de Unidades de Conservação existentes no país – e excluídas as Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que constituem zonas de ordenamento de uso de terras privadas –, temos atualmente os seguintes percentuais de biomas sob proteção: Amazônia 23,6%, Caatinga (1,92%), Cerrado (3,33%), Mata  Atlântica (2,83%), Pampa (0,48%), Pantanal (4,56%) e Área Marinha (3,58%).

Para atingir as metas da CDB é necessário implementar um plano para a criação de novas UCs com o objetivo de atingir a meta de 17% de proteção de todos os biomas terrestres e águas continentais, considerando a diversidade de ecossistemas e 10% das áreas marinhas e costeiras, considerando a diversidade de ambientes. Inclusive na Amazônia existem ainda muitas áreas que devem ser protegidas em novas UCs.

Combate às mudanças climáticas

Criar programa para alcançar o desmatamento zero em todos os Biomas.

Implementar o Código Florestal (Lei nº 12.651) com um vigoroso programa de análise e validação do CAR – Cadastro Ambiental Rural e apoiar a implementação do PRA – Programa de Regularização Ambiental, com estímulo às pequenas propriedades para recuperação de Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais.

Priorizar a geração de energia limpa, renovável e distribuída e com eficiência energética. Promover a substituição de veículos movidos a combustíveis fósseis pelos elétricos e movidos a biocombustíveis.

Criar um Programa de Energia Solar distribuída para áreas rurais e urbanas, permitindo que os produtores de energia, além de produzirem para consumo próprio, possam comercializar o excedente.

Criar um programa nacional de mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, para fazer frente aos eventos extremos (secas, enchentes, tornados, ciclones), com ações de prevenção para evitar que as pessoas ocupem áreas de risco de enchentes e deslizamentos. Implementar o controle integrado das enchentes, enxurradas e deslizamentos de encostas por meio da proteção das florestas em geral e em especial nas áreas de preservação, controle da erosão urbana e rural e dos aterros em baixadas alagáveis e realocação de moradores de áreas de risco, em contraposição à atual e ineficaz ênfase apenas em obras estruturais.

Implementar o Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica criado pela Lei nº 11.428 (sancionado em 2006 pelo Presidente Lula) e ainda não regulamentado e implementado.

Demarcar todas as terras indígenas ainda não demarcadas.

Eis alguns fatos e argumentos que nos levam a apoiar LULA e ALCKMIN no primeiro turno. Não se trata de um apoio incondicional ou acrítico. Queremos que a SUSTENTABILIDADE passe a ter centralidade no programa de governo. Já enviamos algumas propostas para os responsáveis pelo programa de governo e vamos ficar atentos, antes e depois da eleição, para que as propostas sejam incorporadas e implementadas.

 

Autores: Miriam Prochnow e Wigold B. Schäffer

Projeto Ambientalistas do Sul entrevista Miriam Prochnow

Projeto Ambientalistas do Sul entrevista Miriam Prochnow

Miriam Prochnow participou de uma entrevista onde comentou sobre o histórico de luta dos ambientalistas no Brasil. A iniciativa, coordenada pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, através da EcoAgência Solidária de Notícia Ambientais, trata como imprescindível o trabalho dos ambientalistas e tem como ênfase ouvir aqueles e aquelas que iniciaram ou testemunharam ao longo da vida eventos marcantes do ativismo ambiental no âmbito dos três estados da Região Sul.

O projeto conta com uma série de entrevistas gravadas por plataforma virtual, com ambientalistas que foram pioneiros e/ou se tornaram referência em seus estados de origem. Para a jornalista Míriam Santini de Abreu, os objetivos são honrar a luta desses militantes, cujas conquistas beneficiaram toda a sociedade em termos de qualidade de vida, e reconhecer os reflexos dessa luta na preservação ambiental. “Para além de um necessário registro histórico, as entrevistas promovem reflexões e inspiração para seguir lutando em defesa do equilíbrio ambiental”, complementa a jornalista.

A entrevista, que durou cerca de uma hora e pode ser assistida no YouTube da EcoAgência, traz detalhes da história de vida de Miriam Prochnow e toda sua trajetória na luta ambiental. Prochnow diz que o ambientalismo apareceu na vida dela na infância, que foi muito privilegiada por ter tido muito contato com a natureza. A mãe, Laura Prochnow, tinha um dos jardins mais bonitos da cidade e fornecia flores para os vizinhos. “Eu passava muito tempo estudando e minha mãe jogava flores pela janela pra mim. Eu também tive contato com rios, tomava muito banho de rio e passeava de canoa com meu pai, Erich Prochnow. Mais tarde encontrei o Wigold, em um baile de fim de ano, e no namoro fazíamos muitos programas ligados à natureza”, comenta ela com um sorriso no rosto.

Esse foi só o começo da trajetória de Prochnow como ativista. Saiba mais sobre o que despertou seu sentimento ativista conferindo a entrevista na íntegra:

Miriam Prochnow, sócia-fundadora e conselheira da Apremavi, é entrevistada para o Projeto Ambientalistas do Sul, promovido pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul. 

Como as soluções baseadas na natureza podem integrar um novo pacto social e econômico

Como as soluções baseadas na natureza podem integrar um novo pacto social e econômico

O Brasil precisa lidar com o declínio das atividades econômicas e, ao mesmo tempo, resolver os problemas ocasionados pela emergência climática. A solução para essas crises é a conservação da natureza que proporcione uma retomada verde e socialmente inclusiva.

A humanidade enfrenta uma de suas piores crises. Em meio a pandemia da Covid-19, que já ceifou mais de 160 mil vidas de brasileiros e brasileiras, o Brasil precisa lidar com o declínio das atividades econômicas e, ao mesmo tempo, debater como atuar de forma eficiente para resolver os problemas ocasionados pela emergência climática. A solução para todas essas crises é a conservação da natureza. Novas pandemias poderão surgir na medida em que a destruição dos ambientes naturais avança, por isso, precisamos preservar.

Uma retomada econômica sem considerar os limites da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais, certamente agravará as crises. A retomada verde será ao mesmo tempo a solução para nossa economia e para o enfrentamento da crise climática. Entretanto, para que as soluções sejam de fato efetivas, a retomada não deve somente ser verde, mas também inclusiva.

Precisamos estimular e ajudar a construir um novo contrato ou pacto social, no qual a equidade de gênero, o combate ao racismo e a proteção da natureza estejam inseridos como questões centrais e inegociáveis. Essa nova economia precisa reafirmar alguns valores: democracia, respeito aos direitos humanos, respeito à diversidade, respeito às minorias, respeito à vida e à biodiversidade, busca da inovação e respeito às futuras gerações. Lembrando dos vários aspectos da ética, do cuidado, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade.

Para isso, precisamos integrar as Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que têm a ver com o redesenho e o planejamento das paisagens. Pensar o território com olhar de drone e visão de libélula: do alto, com a complexidade exigida e onde cabem todos os atores e setores existentes em um território, mas cabe também a natureza.

É necessário buscar a integração de todas as iniciativas sustentáveis existentes, considerando a necessidade de alimentos (qualidade e segurança alimentar), a proteção, restauração e regeneração de ecossistemas, a proteção da biodiversidade, a proteção e uso racional dos recursos hídricos e o desenvolvimento e implementação de energias limpas e renováveis.

Já existem diversos exemplos de projetos e Soluções Baseadas na Natureza em diferentes áreas. Os desafios são como manter, consolidar e ampliar esses projetos, replicá-los e adaptá-los em outras regiões.

Há várias ações que podem atrair os aportes necessários para essa mudança. Entre elas:

  • buscar e direcionar investimentos públicos já existentes para iniciativas sustentáveis;
  • repensar as políticas públicas – atrelando a concessão e liberação de créditos (agrícolas, imobiliários, infraestrutura, etc.) ao novo pacto social verde;
  • incentivar e fomentar o cumprimento da legislação ambiental e a implantação de paisagens sustentáveis (Cadastro Ambiental Rural – CAR, Programa de Regularização Ambiental – PRA, Bolsa Restauração);
  • ter um sistema de financiamento e crédito voltado para o desenvolvimento sustentável para que os imóveis rurais/propriedades se tornem sustentáveis, desinvestindo em atividades e equipamentos altamente emissores de carbono; e,
  • remodelar a assistência técnica para que esta tenha um olhar integrado e considere a paisagem, a biodiversidade, os recursos hídricos e a proteção do solo como essenciais para a atividade agrossilvopastoril.

Em relação aos investimentos sociais privados, também já existem projetos bem sucedidos que podem e devem ser replicados. Por exemplo, o Projeto Matas Legais, uma parceria da empresa Klabin com a ONG Apremavi, que existe desde 2005 e já atendeu 1.807 famílias/propriedades, plantou 1.695.568 mudas de árvores nativas e envolve 16.500 ha de florestas nativas conservadas, 1.500 ha em regeneração natural, 512 ha restaurados com plantios de mudas nativas. É um projeto altamente replicável.

A contribuição do setor privado deve ir além dos compromissos “normais”, como é o caso da Natura, ao anunciar que vai investir US$ 800 milhões nos próximos dez anos para ajudar a implantar o desmatamento zero da Amazônia, com ações em toda sua cadeia produtiva. Nesta encruzilhada civilizatória que afeta o planeta como um todo é preciso debater qual é a contribuição do setor privado para além do seu cercado, saber qual é a sua contribuição à sociedade, em uma visão de emergência climática, e quanto de seu lucro o setor privado está disposto a investir. Essa discussão exige um desprendimento muito maior do que o visto até agora.

Para trazer essas soluções de investimentos, já existem algumas ferramentas que podem ser úteis. Entre elas, estão iniciativas multissetoriais de diálogo, como o Diálogo Florestal, o Diálogo do Uso do Solo e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Estes são espaços onde acordos e modelagens de novos projetos podem acontecer.

Existem também os portais de transparência, que ajudam a monitorar as ações do governo, das empresas e do Terceiro Setor. Um exemplo é o Portal Ambiental da Apremavi, onde são cadastradas as atividades de restauração realizadas pela instituição, possibilitando o acompanhamento público das mesmas.

Outra ferramenta possível é a construção de plataformas de projetos, que pode ter como inspiração a iniciativa Mapa do DF Sustentável, que mapeou as mais diversas iniciativas relacionadas à sustentabilidade no Distrito Federal.

Por que não criar uma plataforma também de ideias – um espaço onde as pessoas possam cadastrar suas ideias de investimentos verdes, uma vez que a inovação e criatividade precisam de oportunidades para florescer? E, por fim, construir uma plataforma de engajamento, onde as pessoas possam expressar os seus compromissos com o futuro sustentável? A pergunta é simples: que tipo de investimento eu posso fazer enquanto empresa ou cidadão, para ajudar a construir o presente e futuro sustentáveis?

 

Autora: Miriam Prochnow
Artigo publicado originalmente na Revista Página 22.

Por que somente o investimento econômico em “setores verdes” não basta?

Por que somente o investimento econômico em “setores verdes” não basta?

A resiliência a grandes crises só será alcançada com redução das desigualdades sociais, de gênero e raça.

A retomada econômica pós-pandemia causada pela Covid-19 precisa ser verde, inclusiva, sustentável, resiliente e centrada no ser humano. Para isso, é necessário um “New Green Deal” baseado na promoção de condições de trabalho decentes e com equidade de gênero e de raça.

A transição para uma economia de baixo carbono deve levar em consideração outras dimensões além do mero benefício econômico ou geração numérica de postos de trabalho. Antes de tudo, é preciso aumentar a resiliência da sociedade e do meio ambiente, diminuir a desigualdade social e reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Brasil. É a única forma de garantir mudanças efetivas de paradigma na economia e na sociedade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, o rendimento médio das mulheres ocupadas, entre 25 e 49 anos, equivalia a 79,5% do recebido pelos homens da mesma idade. Ao considerar também a raça, a mulher preta ou parda ganhava 80,1% dos rendimentos de um homem da mesma cor.

Outros estudos reforçam as condições desiguais da mulher. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) mostrou que 8,5 milhões de mulheres abandonaram o mercado de trabalho no terceiro trimestre de 2020, quando começou o distanciamento social devido à pandemia. Além de estarem mais expostas à demissão, as mulheres têm mais dificuldades para procurar uma vaga e se manter no mercado. Em resumo, antes da pandemia, a maioria das mulheres estava ativamente no mercado de trabalho. Agora, ficou de fora.

No primeiro trimestre de 2020, o desemprego aumentou em 12 estados brasileiros, como efeito da quarentena realizada em algumas regiões, segundo dados do IBGE. A pandemia trouxe à tona as desigualdades: a população negra brasileira viu o desemprego chegar a 15,2%, enquanto a taxa entre os brancos foi de 9,8%.

Daí a importância de que a retomada econômica leve em conta a justiça social e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) traçados até 2030. A nova economia precisa oferecer trabalho decente para mulheres e homens, bem como conciliar geração de emprego e renda para comunidades periféricas e tradicionais, valorizando seus modos de vida.

Por trabalho decente entende-se o trabalho produtivo, adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, e que garanta uma vida digna a todas as pessoas que vivem dele e a suas famílias, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Os investimentos verdes para a retomada econômica somente poderão ser inclusivos se estiverem pautados por ações coordenadas, visando:

  • políticas macroeconômicas e de desenvolvimento, políticas industriais e setoriais que considerem as dimensões sociais, ambientais e climáticas;
  • apoio para que micro e pequenas empresas atuem nos novos setores da economia de baixo carbono;
  • desenvolvimento de habilidades e competências profissionais;
  • priorização da saúde e segurança no trabalho;
  • ampliação da oferta de proteção social;
  • defesa dos direitos universais e dos serviços públicos;
  • políticas públicas e ações que promovam a garantia dos Direitos Fundamentais do Trabalho;
  • promoção do diálogo social com a participação de representantes de governos, empregados e empregadores;

políticas ativas que promovam condições de trabalho decentes, reduzam e combatam as desigualdades estruturais de gênero e raça presentes no mercado de trabalho brasileiro.

 

 

Autoras: Ana Cristina Nobre, Isabel Drigo (Imaflora), Miriam Prochnow (Apremavi) e Tatiane Matheus (ClimaInfo), membros do GT de Gênero do Observatório do Clima.
Publicado originalmente no hotsite do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima.
Imagem de capa: Freepik.

Só sobreviveremos como espécie se a natureza puder viver

Só sobreviveremos como espécie se a natureza puder viver

Tenho afirmado que eu ainda acredito num futuro sustentável e que ele existe, mas, para isso, precisamos ser ativistas deste futuro. Minha história se confunde com a história da Apremavi, organização que ajudei a criar. Por aqui, o lema que temos adotado – boca no trombone e mão na massa – de alguma forma tem se mostrado eficiente. Ao mesmo tempo em que nos mantemos ativistas frente às catástrofes socioambientais, tentamos mostrar que existem maneiras de proteger e utilizar os recursos naturais de forma sustentável. Isso tem ajudado a conseguir o engajamento das pessoas, mas o momento nos mostra que precisamos de muito mais. E a pandemia que estamos enfrentando indica que é necessário e urgente rever nossos conceitos e valores.

Por um lado, o enfrentamento da Covid-19 está mostrando que o mundo tem condições de se mobilizar para combater e evitar catástrofes, uma vez que a maioria dos países, de alguma forma, vem se mobilizando e grande parte da população entendeu e está participando dessa mobilização. Essa é uma boa notícia. Por outro lado, infelizmente no Brasil, temos um governo federal que nega a ciência, adota práticas antidemocráticas, não se importa com a vida das pessoas e está promovendo o maior desmonte ambiental de nossa história. Isso nos coloca diante de um desafio a mais a ser superado.

Um dos biomas que, novamente, está ameaçado é a Mata Atlântica, morada de 145 milhões de brasileiros e um dos mais ricos em biodiversidade do mundo. Considerada Patrimônio Nacional por sua importância, a Mata Atlântica é protegida por um arcabouço legal que levou décadas para ser aprovado no Congresso Nacional e no Conselho Nacional do Meio Ambiente, com a participação de toda a sociedade. É inaceitável que as iniciativas de flexibilização dessa legislação partam do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. E ele o faz com requintes de crueldade, como mostrou o vídeo da reunião ministerial, tornado público dia 22 de abril de 2020, no qual afirmou que se deveria aproveitar a oportunidade da Covid-19 para “passar a boiada” e flexibilizar tudo o que fosse possível. Salles deveria ser retirado do cargo imediatamente. Pelo bem da coletividade.

São duas as mais recentes ameaças à Mata Atlântica. A primeira, levada a cabo através do Despacho no 4.410/2020, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 06/04/2020, dá anistia a desmatamentos ilegais e permite que os desmatadores sejam desobrigados de pagar as multas e recuperar as áreas degradadas, inclusive, áreas de preservação permanente em margens de rios e nascentes. A segunda ameaça é uma proposta de decreto que pretende excluir do Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428 – Lei da Mata Atlântica – os campos salinos e áreas aluviais, os refúgios vegetacionais, as áreas de tensão ecológica, as áreas de estepe, savana e savana-estépica, e a vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânicas. Essa proposta deixa sem proteção alguma, milhares de quilômetros quadrados de vegetação nativa da Mata Atlântica. É uma proposta desprovida de legalidade e de qualquer respaldo técnico, que vai na contramão das ações necessárias para a manutenção da qualidade de vida de 70% da população brasileira. Vale lembrar que vem da Mata Atlântica a água que abastece essa população e suas atividades econômicas.

Infelizmente, os outros biomas brasileiros também estão seriamente ameaçados. Um relatório recente do Mapbiomas mostra que 99% do desmatamento realizado no Brasil em 2019 foi ilegal. Esse desmatamento atingiu todos os biomas, mas foi mais impactante no Cerrado e na Amazônia, atingindo, inclusive, unidades de conservação e terras indígenas. As projeções do desmatamento da Amazônia para 2020 também já mostram desolação, indicando que a taxa deve ser muito maior do que a de 2019.

A natureza precisa de toda a sociedade, num movimento urgente para evitar que esses retrocessos se concretizem. Somente com a proteção e restauração da Mata Atlântica e dos outros biomas brasileiros, teremos alguma chance de combater os efeitos da grave crise climática em andamento.

Por isso, diante da dura realidade que o coronavírus está nos impondo, é hora de pensar no mundo que vai emergir após a pandemia. Os mesmos atores que agora lutam para salvar vidas humanas e evitar que a economia entre em colapso, terão que trabalhar para que a retomada das relações sociais e econômicas siga um rumo muito mais sustentável e com maior empatia, colaboração, parceria, diálogo e solidariedade do que tem sido até hoje.

Acredito que todos devem e podem fazer a sua parte, seja pressionando os órgãos públicos para que não haja retrocessos ou seguindo o exemplo dos jovens para dar voz a movimentos como o “Fridays for Future”, ou ainda plantando árvores e ajudando a cumprir metas climáticas. Zerar o desmatamento é imprescindível. Outra meta é restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Milhares de pessoas trabalhando na restauração vão ajudar a restaurar também a economia. Não é por acaso que o Fórum Econômico Mundial apresentou um plano para o plantio de um trilhão de árvores no mundo. Cada ação e cada árvore plantada fazem, sim, a diferença. Assim sendo, fica o convite: #AtivismoSim, #AtivismoJá, #AtivismoSempre.

 

Autora: Miriam Prochnow.
Fonte: Porém.net

A Mata Atlântica está ameaçada e precisa de você

A Mata Atlântica está ameaçada e precisa de você

A Mata Atlântica, bioma no qual vivem 145 milhões de brasileiros e um dos mais ricos em biodiversidade do mundo, está novamente ameaçada. Considerada Patrimônio Nacional exatamente por sua importância, ela é protegida por um arcabouço legal que contou com a participação de toda a sociedade e que levou décadas para ser aprovado no Conselho Nacional do Meio Ambiente e no Congresso Nacional. Estão querendo flexibilizar essa legislação.

É inaceitável que partam do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, duas novas ameaças à Mata Atlântica.

A primeira, levada a cabo através do Despacho no 4.410/2020, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 06/04/2020, dá anistia a desmatamentos ilegais e permite que os desmatadores sejam desobrigados de pagar as multas e recuperar as áreas degradadas, inclusive áreas de preservação permanente em margens de rios e nascentes. A segunda ameaça é uma proposta de decreto que pretende excluir do Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428 – Lei da Mata Atlântica – os campos salinos e áreas aluviais, os refúgios vegetacionais, as áreas de tensão ecológica, as áreas de estepe, savana e savana-estépica, e a vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânicas.

Essa proposta, se concretizada, deixaria sem proteção alguma milhares de quilômetros quadrados de vegetação nativa da Mata Atlântica. É uma atitude criminosa, desprovida de legalidade e de qualquer respaldo técnico, que vai na contramão das ações necessárias a combater os efeitos das mudanças climáticas em curso.

Breve resumo da história da Lei da Mata Atlântica e comentários sobre as ameaças que pretendem destruí-la. Vídeo: Arquivo Apremavi.

A Mata Atlântica precisa novamente de seus ativistas

A Mata Atlântica precisa de você! Manifeste-se contra essas ameaças. Grave um vídeo-depoimento para a Mata Atlântica e poste na suas redes sociais com as #LeiDaMataAtlânticaVIVA e AtivismoSim – não esqueça de marcar a Rede Mata Atlântica e a Apremavi na sua postagem.

Além disso, você também pode mandar uma mensagem para o Ministério do Meio Ambiente dizendo que você não concorda com esses retrocessos.

Conheça a Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um dos Biomas mais ricos em biodiversidade do mundo e também o segundo mais ameaçado de extinção. Abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km² e estendia-se originalmente ao longo de 17 Estados. Hoje, restam apenas cerca de 12,5% da cobertura original que formam um mosaico de vegetações definidas como florestas ombrófilas densa, aberta e mista; florestas estacionais decidual e semidecidual; campos de altitude, mangues e restingas. Decretada Patrimônio Nacional na Constituição Federal de 1988, hoje moram em sua área de domínio em torno de 70% da população brasileira.

Acesse a seção da Mata Atlântica no site da Apremavi e desvende os mistérios e curiosidade dessa exuberante Floresta.

 

 

Autores: Miriam Prochnow e Wigold B. Schäffer
Fonte: Apremavi

A sustentabilidade depois da pandemia

A sustentabilidade depois da pandemia

Essa é a grande questão. A pandemia da Covid-19 está mostrando que o mundo tem condições de se mobilizar para tentar evitar catástrofes. Literalmente todos os países, mesmo os governados por terraplanistas como os USA e Brasil, estão se mobilizando e tomando decisões inimagináveis há poucas semanas, e o mais interessante, a maioria da população (pobres, ricos, empresários e trabalhadores, com exceção dos terraplanistas e outros fundamentalistas) entenderam e estão participando da mobilização e dando o melhor de si para tentar superar logo e da melhor maneira possível esse flagelo.

Isso é uma boa notícia, mas a pergunta é: a retomada da vida “normal” após a pandemia vai ter um rumo mais sustentável ou será ainda menos sustentável que hoje?

Se atentarmos para o que dizem a unanimidade dos cientistas, veremos que os efeitos das mudanças climáticas poderão ser, no médio e longo prazo, muito mais sérias e seus efeitos muito mais devastadores, não apenas para os humanos mas para toda a vida na terra.

A diferença em relação à pandemia da Covid-19 é que os efeitos das mudanças climáticas não são sentidos assim tão rapidamente e isso tem resultado, em que pese todos os alertas dos cientistas, ambientalistas e de jovens como Greta Tumberg, em letargia, falta de mobilização e ação dos atores políticos e empresariais, com honrosas exceções.

Diante da dura realidade que o coronavírus está impondo é hora de pensar no mundo que vai emergir após a pandemia. Os mesmos atores que agora lutam para salvar vidas humanas e evitar que a economia entre em colapso, terão que trabalhar para que a retomada das relações sociais e econômicas realmente seja num rumo muito mais sustentável e com maior empatia, colaboração, parceria, diálogo e solidariedade do que tem sido até hoje.

Não é possível imaginar que o mundo saia dessa catástrofe sanitária e continue no rumo do abismo. Os riscos existem e tem muita gente pensando em como reorientar a economia num modelo mais sustentável.

Existem inúmeras ações que precisam ser implementadas, rumos corrigidos, parcerias e colaborações estabelecidas. Só a paz, a solidariedade, a democracia e a colaboração entre pessoas, empresas, governos, países, ouvindo a voz dos cientistas e corrigindo os erros do passado, poderão levar ao caminho da sustentabilidade ambiental planetária e, dessa forma, garantir a continuidade da vida, inclusive dos humanos, neste planeta azul, único lugar conhecido do universo onde a vida floresce.

Este é apenas um pequeno ensaio e quem quiser, nestes tempos de quarentena, contribuir com ideias, é bem vindo.

 

 

Autores: Miriam Prochnow e Wigold B. Schäffer.
Fonte: Apremavi.

Miriam Prochnow: três décadas de luta em defesa do meio ambiente e da vida

Miriam Prochnow: três décadas de luta em defesa do meio ambiente e da vida

Ela é uma das mais aguerridas ambientalistas brasileiras. Muito jovem, fundou com seu marido, Wigold Schäffer, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), no Alto Vale Itajaí, interior de Santa Catarina. Isso foi nos anos 1980, quando caminhões madeireiros eram fáceis de encontrar nas estradas da região, levando embora as florestas de araucárias que, por muito pouco, não sucumbiram totalmente. A atuação de Miriam à frente da associação e de várias outras organizações, como a Rede de ONGs da Mata Atlântica, da qual foi coordenadora geral por quatro anos, teve muito a ver com essa reversão de expectativa.

O trabalho da pedagoga e ecologista de 55 anos, fosse denunciando e fazendo campanhas, educando, informando e plantando árvores, ou atuando politicamente e empreendendo articulações, colaborou para que a Mata Atlântica seja, hoje, o único bioma brasileiro a ter uma lei específica e sua recuperação, em que pese as atuais forças em contrário, esteja em curso.

Ela também foi secretária-executiva do Diálogo Florestal Brasileiro, articulação entre empresas ligadas à área de papel de celulose e a sociedade civil, que ajudou a transformar o setor em referência mundial em produção com respeito ao meio ambiente. Também foi uma das idealizadoras do Centro de Apoio Socioambiental, cujo objetivo é apoiar pequenas organizações com potencial para fazer a diferença em prol de um desenvolvimento mais justo e sustentável no país, como foi a Apremavi.

Miriam fez tudo isso enfrentando as dificuldades que ativistas na linha de frente sofrem no Brasil. Perseguições e ameaças de morte foram uma constante em sua vida e na de Wigold. Os dois precisaram apelar à Anistia Internacional e ao Ministério Público Federal para que tivessem proteção policial. Mesmo reconhecidos internacionalmente, os tempos difíceis parecem estar de volta para eles. Em 2013, Wigold foi baleado na mão por um caçador que invadiu a propriedade do casal. E, desde o final do ano passado, ameaças voltaram a ser feitas a Wigold, agora via WhatsUpp.

Conheci Miriam em 1993, quando fui contratada para desenvolver a área de comunicação da Rede de ONGs da Mata Atlântica, que acabava de ser criada. Ela era uma das coordenadoras. Desde então, acompanho sua trajetória, marcada por um idealismo incondicional, que se estende por toda a família, inclusive as filhas, Carolina e Gabriela, que sempre encararam como privilégio dividir os pais com causas ambientais. No ano passado, eles me convidaram para escrever o livro em celebração aos 30 anos da Apremavi e tive o privilégio de conhecer ainda mais de perto o ativismo e as realizações do casal.

Nesta entrevista – que inaugura o blog Mulheres Ativistas, aqui, no Conexão Planeta – Miriam fala sobre seus propósitos e motivações. Para ela, o ativismo é cada vez mais necessário para conter as ameaças à democracia que rondam o país e, sobretudo, as ameaças climáticas, que podem comprometer o futuro em todo o mundo. Como mulher, ainda acrescenta a defesa de causas específicas como garantir a participação política feminina e o direito de assumir seus cabelos brancos.

Quando você começou a se ver como ativista?

Lembro que, quando era criança, tinha uma ligação muito forte com animais. Sempre ficava apreensiva quando via bicho doente, abandonado, mas não tinha poder nenhum, a não ser chorar, me indignar e ficar triste. Uma das primeiras ações que realizei foi uma greve de fome ao ver meu pai chegar em casa com um bicho que acabara de caçar. Nunca concordei com isso, mesmo que na época fosse comum. Disse que não iria comer. Insisti tanto que ele parou de caçar.

Meu pai também tinha atuação comunitária muito forte, foi fundador de clubes, associações da cidade, e minha mãe sempre se mostrou atenta a quem precisava e doava alimentos que plantava ou que não consumíamos.

Cresci vendo a importância da interação e da colaboração com a comunidade.

Na época da escola, já me indignava com injustiças. Diziam que eu era a defensora dos fracos e oprimidos. Fiz parte da Comissão Municipal de Saúde, ainda no ensino médio, quando fazia visitas à comunidade. A debandada para o ativismo ambiental veio quando eu e Wigold nos casamos e fomos morar em Ibirama, cidade onde o desmatamento da Mata Atlântica era flagrante. Era uma jovem adulta quando defini que isso pautaria minha profissão.

Como essa decisão se concretizou?

Criamos a Apremavi e fui sua primeira presidente. Ainda dava aulas, mas rapidamente percebemos que, para fazer um bom trabalho, precisaria me dedicar em tempo integral. Nos primeiros cinco anos, fui voluntária, até conseguirmos ter um orçamento e eu me tornar a primeira funcionária da organização.

Fui contratada como ecologista. Não sei dizer se mais alguém foi contratado com esse cargo no país. A partir daí, o próprio lema da Apremavi – boca no trombone e mão na massa – me norteou. Sempre achamos que é necessário fazer denúncias, atuar com enfrentamentos, mas mostrando como as coisas têm que ser feitas. Acho que ativismo é isso: mostrar o que precisa mudar e oferecer alternativas. A Apremavi nasceu no meio do nada e, hoje, é referência nacional e internacional por conta dessa forma de atuar.

Alguma vez sentiu dificuldade à frente da ONG por ser mulher?

Ser mulher traz dificuldades, mas acho que, desde o começo, consegui impor respeito, sempre respondi à altura. Sou competente no que faço e trabalho para o bem comum, não tem como me desqualificar. Não significa que foi fácil.

Até hoje, publico textos no meu perfil pessoal (fechado) e no de figura pública (totalmente aberto) e convivo com comentários que me dizem que ‘agora vai acabar a mamata’. Não sei em que mundo essas pessoas vivem e me indigna, depois de 30 anos de trabalho, ver esse tipo de comportamento.

Também participei de reuniões onde era a única mulher entre mais de 30 homens. Mas não fiz tudo sozinha, tenho minha família, o Wigold, que é parceiro no ativismo, tão ativista quanto eu, minhas filhas, um núcleo de amigos, o pessoal da Apremavi.

A gente precisa se cercar de pessoas com missão e ideais parecidos. Sem isso, nada vai para frente. Ativismo ambiental envolve assuntos desagradáveis, como desmatamento, caça, poluição. E somos uma ameaça porque ser contra a destruição do bem comum bate de frente com o status quo. Tem que ter de onde se alimentar energeticamente para poder continuar.

E como está o ambientalismo, hoje, com tantos retrocessos e a perseguição oficial às ONGs?

Eu e Wigold chegamos a pensar, pouco antes disso tudo começar a acontecer, que tinha chegado o momento de nos retirarmos da linha de frente, diminuir nossas atividades, escolher o que mais gostávamos de fazer, trabalhar mais no jardim, viajar… Aí, a conjuntura caiu nas nossas cabeças e concluímos que este momento ainda não chegou.

A situação está tão complicada que, para mim, é claro que ativismo e mobilização são a primeira coisa da lista. Então, voltamos ao que fazíamos há 30 anos: trabalhos de educação ambiental com professores, palestras, apoiando fortemente um grupo de jovens em Atalanta, produzindo conteúdo para redes sociais…

Um trabalho especial para o engajamento de jovens em mobilizações pelo clima é uma das prioridades. Também voltamos a áreas que foram reflorestadas com programas da Apremavi e temos tido surpresas maravilhosas com as pessoas que plantaram florestas. Elas estão super engajadas e comprometidas, defendem a Ciência, combatem mentiras, alertam pessoas de que precisam buscar o compromisso com a verdade e se comprometer com a comunidade… Temos feito alguns movimentos e estamos vendo como intensificar cada um deles.

Não temos muito tempo para articular porque o ponto de inflexão precisa ser rápido, antes que seja tarde. A democracia e a garantia de direitos estão ameaçadas no Brasil e, por conta da crise ambiental, temos um grande risco mundial. Por isso o ativismo não pode se aposentar.

Como o ativismo, seu e de Wigold, influenciou suas filhas?

Creio que aconteceu de maneira natural. Por nos envolvermos com essas questões o tempo todos e também por elas terem passado por situações difíceis como as ameaças de morte que sofremos. E, desde o ano passado, isso voltou a acontecer com o Wigold, pelo WhatsAp.

A Carolina trabalha na área ambiental e a Gabriela com saúde, muito ligada ao parto humanizado, ao empoderamento feminino e aos direitos LGBT.

Acredita que os jovens estão motivados para serem ativistas?

Acabo de voltar de um congresso da IUCN – International Union for Consevation of Nature no Paraguai e a abordagem, hoje, é se trabalhar intergeracionalmente, ou seja, estimular que a juventude participe, que mais mulheres participem, os mais velhos… Para eles, a visão intergeracional de colaboração, troca de saberes, é fundamental para prosseguirmos.

Em sua trajetória, você também atuou na política. Por que seguiu esse caminho?

Fui uma das fundadoras do Partido Verde (PV), em Santa Catarina. Em 1988, em Ibirama, participei da primeira chapa formada apenas por mulheres no país: eu era candidata à prefeita e a vice também era mulher. Na época, a Folha de S. Paulo fez uma reportagem sobre isso. E o Wigold foi candidato a vereador.

Novamente, percebemos que precisávamos dedicar mais tempo à Apremavi, mas o envolvimento com a política e o partido continuou existindo, com menos intensidade, não como candidatos.

Só que eu já tinha sido conquistada pela vida política e não teve jeito: em 2010, ainda pelo PV, atendi a um pedido da Marina Silva para criar um grupo de apoio à sua candidatura à presidência e me candidatei à deputada federal. Em seguida, fui uma das fundadoras da Rede Sustentabilidade no estado e, em 2018, me candidatei ao Senado.

Percebi que isso também é ativismo, porque sem mudar a política institucional, não se muda mais nada. Estamos vendo a diferença que fazem os deputados e senadores comprometidos, mesmo que sejam poucos. E a Rede elegeu a primeira deputada federal indígena da história do Brasil, que tem feito grande diferença e apoiado muito bem a causa: em abril, relançou a Frente Parlamentar dos Povos Indígenas.

Você aderiu aos cabelos grisalhos e fala disso como uma causa. É isso?

Participo da onda prateada, assumindo meus cabelos brancos, paulatinamente, nos últimos anos. A maioria das pessoas me vê com outros olhos – acham que tenho 80 anos -, ao mesmo tempo que acham bacana e passam a enxergar um outro ponto estético.

É fato que cada vez mais mulheres assumem essa característica do envelhecimento, mas ainda são poucas. É um momento libertador, mas algumas mulheres ainda não aceitam. Homens também.

Fora do Brasil, esse movimento é maior. E ainda tem um detalhe: as que aderem são mulheres mais ligadas mais à natureza, ao que é natural, ao bem-estar. Sim, também é uma forma de ativismo.

 

 

Autora: .
Fonte: Conexão Planeta.

Manifesto dos Ambientalistas sobre Brumadinho

Manifesto dos Ambientalistas sobre Brumadinho

Os ambientalistas estão sempre alertas aos retrocessos ambientais. Há muito tempo estamos chamando a atenção para a gravidade da situação no país e temos trabalhado duro, muitas vezes sofrendo ameaças, para que principalmente as próximas gerações, tenham uma oportunidade de sobrevivência e com qualidade de vida. Infelizmente o engajamento da sociedade em geral não condiz com a urgência e a necessidade colocadas.

A gestão Dilma/Temer protagonizou retrocessos ambientais enormes, cujas consequências estão sendo sentidas. A gestão atual, em menos de um mês, destroçou a área ambiental federal ainda mais. Um exemplo é ter colocado no comando do ministério do Meio Ambiente uma pessoa condenada por improbidade administrativa, por beneficiar mineradoras. Isso sem falar no discurso anti ambiental que tem sido a tônica desde a campanha. Infelizmente não fica só nisso e existem vários artigos já publicados que falam da gravidade dos retrocessos produzidos somente nestes primeiros dias de governo. Sugiro fortemente a leitura dos mesmos.

Brumadinho, infelizmente, talvez seja o choque de realidade que o atual presidente e seus eleitores tenham que sentir para rever seus conceitos e de fato entender que com meio ambiente e vidas não se brinca. Eu realmente gostaria de ver todos eles cobrando do presidente ações efetivas neste sentido. Da minha parte vou continuar com meu compromisso por um Brasil sustentável.

Aproveito para divulgar e endossar o manifesto da Associação Mineira de Defesa do Ambiente, a Amda, na qual trabalham amig@s de longa data, parceir@s de #AtivismoSim.

 

17 dias de desgoverno ambiental

17 dias de desgoverno ambiental

Muito antes de assumir o governo, o presidente eleito já anunciava sua desafinidade com a área socioambiental. Ainda em novembro de 2018, ao retirar a candidatura do Brasil para sediar a COP-25 (Greenpeace, 28/11/18), ele dava os sinais do retrocesso na agenda ambiental e da vergonha que o Brasil passaria, perante o mundo, no seu governo.

Dito e feito. Infelizmente!

Os 17 primeiros dias do governo Bolsonaro indicam que todas as promessas de desmonte da área ambiental e social feitas na campanha estão sendo implementadas. Durante a campanha os seguidores mais fanáticos do candidato chegavam a dizer “não se preocupe, ele não vai fazer isso”, “ele fala assim apenas para ganhar votos”. Avisos não faltaram, mesmo assim muita gente resolveu se iludir. Alguns já se arrependeram mas até agora só se passaram 17 dias de uma gestão que promete ser desastrosa para todos os brasileiros, inclusive os que nele votaram. Os retrocessos já implementados ou anunciados serão sentidos na pele pelas gerações vindouras.

Primeiro, ainda durante o período de transição, anunciou a extinção do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Depois, que ele seria fundido com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A sociedade reagiu, inclusive a parte moderna do setor agrícola, e, num jogo de cena, ele voltou atrás. Na prática, manteve o MMA, mas promoveu seu fatiamento e o desmonte por dentro. Sob o comando de um condenado por fraude ambiental (El Pais, 09/12/18), o MMA não apenas perdeu poder político, mas está agora subordinado a interesses econômicos e a outras áreas da administração (ISA, 07/01/19).

A transferência da Agência Nacional de Águas (ANA) do MMA para o Ministério do Desenvolvimento Regional, junto com a competência sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos (Decreto 9.666/2019), muito além de regionalizar as demandas, mostra a influência que a bancada ruralista tem sobre o governo (Direto da Ciência, 03/01/19). Essa transferência também ignora os conflitos na gestão da água com relação a questões energéticas, comunidades tradicionais e a biodiversidade aquática.

A retirada da identificação, delimitação, reconhecimento e demarcação das Terras Indígenas das funções da Fundação Nacional do Índio (Funai) e a transferência do órgão para o MAPA (MP 870/2019), sinalizam o descaso que a gestão tem com os povos originários e tradicionais e demonstra a lógica que será adotada com os temas fundiários, como a reforma agrária e a regularização fundiária na Amazônia Legal e nos territórios tradicionais (Greenpeace, 07/01/2019)

Uma agenda que foi relegada a escalões secundários foi a de clima. Na nova estrutura do MMA restou apenas o Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, cabendo à Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação a competência de desenvolver políticas de adaptação aos impactos causados pelas mudanças climáticas. Para agravar o problema tem o fato de que o principal responsável pelas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, o chanceler Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, ser um negacionista climático e em pleno século 21 questionar o aquecimento global. Aparentemente o Meio Ambiente passou a ter papel secundário em toda a esfera diplomática (ISA, 09/01/2019).

Além disso, não bastou só desvincular o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) do MMA e integrá-lo ao MAPA, comandado pela representante ruralista Tereza Cristina, conhecida como “musa do veneno”, Bolsonaro indicou o ex-deputado ruralista Valdir Colatto de Santa Catarina, para chefiar o SFB (G1, 17/01/19). Colatto, que é o autor do Projeto de Lei que tenta liberar a caça de animais silvestres no Brasil, vai agora ser responsável pela implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pela gestão das florestas púbicas do Brasil. Colocar um crítico do CAR e adepto à liberação da caça de animais silvestres para cuidar da proteção e recuperação das florestas, é o mesmo que colocar a raposa para cuidar do galinheiro.

As primeiras iniciativas do novo ministro do Meio Ambiente sinalizam um ministério sem causa, pois a principal ação até agora é a feroz busca para achar “pelo em casca de ovo”. Numa tentativa de controlar as atividades do terceiro setor, o ministro teve a sagacidade de determinar a suspensão da execução dos convênios e parcerias pactuados pelos Fundos Administrados do MMA, Ibama, ICMBio e JBRJ com as ONGs (G1, 16/01/2019). Em manifestação pública, o Observatório do Clima afirma que o ofício fere o princípio da legalidade e levanta, sem elementos mínimos de prova, dúvidas sobre a idoneidade da sociedade civil, o que é ilegal e inconstitucional (OC, 14/01/2019).

Aonde foram parar as agendas ambientais?
Quem tratará das suas políticas?
Quem fiscalizará o cumprimento das leis?
Quem fará cumprir os códigos e tratados?

A Advocacia Geral da União (AGU) pelo visto não exercerá papel algum nessa empreitada, afinal também entrou no jogo do “mestre mandou”, e foi rápida em anular, a pedido, a multa ambiental que o presidente tinha em seu nome por pescar em reserva ambiental onde a pesca é terminantemente proibida (O Eco, 09/01/2019).

Os efeitos negativos dos 17 primeiros dias do governo Bolsonaro já superam os erros cometidos ao longo dos mandatos por seus últimos quatro antecessores (Congresso em foco, 15/01/2019). Mas ele não age sozinho. O (des)governo inteiro não entende nem em teoria e nem em prática a necessidade e a urgência das agendas socioambientais.

Apesar de dados científicos revelarem, por exemplo, que o desmatamento na Amazônia aumentou 13,7% entre agosto de 2017 e julho de 2018, que perdemos 7.900 km² de floresta, e, que o resultado disso contribui para o iminente aumento da temperatura e a mudança óbvia dos ciclos de chuva (National Geographic, 08/01/19), as práticas do presidente eleito e sua equipe vão na contramão da ciência e não mencionam nenhuma política para zerar o desmatamento, acabar definitivamente com as queimadas e incêndios florestais, criar novas unidades de conservação, recuperar áreas degradadas, tornar a agropecuária mais sustentável, reduzir o uso de agrotóxicos, proteger as espécies ameaçadas da fauna e flora, combater a caça aos animais silvestres, cuidar dos recursos hídricos, combater a pesca predatória no mar e nos rios, fiscalizar os desmatamentos ilegais, homologar terras indígenas e usar os recursos naturais de maneira sustentável.

Para contrabalancear a falta de políticas, o que mais se vê é politicagem, nomeação de amigos e parentes para altos cargos públicos e alianças com o que existe de mais retrógrado da velha política no Congresso Nacional. A jornalista Eliane Brum foi precisa ao descrever o que significa transformar um ordinário em “mito” e dar a ele o Governo de um país (El Pais, 04/01/19).

 

Texto: Carolina Schaffer, publicado em Poesia Visual.

Aos Ativistas da Mata Atlântica

Aos Ativistas da Mata Atlântica

Este vídeo, dedicado aos ativistas da Mata Atlântica, é um agradecimento por tudo o que eles já fizeram em prol de sua proteção. É também um apelo para que fiquem vigilantes e continuem combatendo o desmatamento e a caça e promovendo a restauração deste bioma, que é moradia para mais de 120 milhões de brasileiros.

#AtivismoSim #praSCacontecer #MataAtlântica #Natureza#DesmatamentoNão #CaçaNão

A importância do Ministério do Meio Ambiente

A importância do Ministério do Meio Ambiente

Quero falar com vocês sobre a importância do Ministério do Meio Ambiente e a proposta do presidente eleito em fazer a fusão com o Ministério da Agricultura. O assunto tem estado na mídias nos últimos dias, com ida e vindas e não sabemos na verdade o que irá acontecer.

Essa fusão, que na prática significará a extinção do Ministério do Meio Ambiente, submetendo a agenda ambiental ao Ministério da Agricultura e a um ministro ruralista, é totalmente desastrosa e será uma tragédia para todos os brasileiros.

Os próprios agricultores e pecuaristas sérios, aqueles que já desenvolvem suas atividades com respeito ao meio ambiente, sofrerão barreiras não tarifárias e terão dificuldade de vender seus produtos para mercados consumidores que exigem respeito ao meio ambiente.

O desmatamento tende a aumentar em todo o Brasil com a diminuição da fiscalização e isso afetará a imagem do Brasil no exterior.

O Ministério do Meio Ambiente tem uma atuação muito pequena na agropecuária. Ele tem tudo a ver com biodiversidade, e o Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta, tem a ver com unidades de conservação e o Brasil tem mais de 80 milhões de hectares de parques e reservas terrestres, o equivalente 9 estados de Santa Catarina. e tem ainda 100 milhões de hectares de parque e reservas marinhas.

O Ministério do Meio ambiente tem tudo a ver com os recursos hídricos que abastecem as hidrelétricas as indústrias, a agricultura, e o Brasil tem o maior volume de água doce do planeta.

Tem a ver com turismo, com as cidades, com as questões do lixo e do saneamento básico, tem a ver com silvicultura, com a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com as energias renováveis…e com licenciamento de atividades potencialmente poluidoras em todos esses setores. Para você ter uma ideia, dos 2.800 processos de licenciamento que tramitam no Ibama, só 29 têm relação com agropecuária.

O Ministério tem a ver fiscalização de desmatamentos e queimadas e combate a caça…

Ou seja, o Ministério do Meio Ambiente tem tudo a ver com a minha, com a sua, com a vida de todos os brasileiros. Por isso ele não pode ser extinto e muito menos incorporado ao Ministério da Agricultura. E nós brasileiros e brasileiras precisamos exigir que o Ministério do Meio Ambiente continuei existindo e seja independente para poder cumprir bem o seu papel, que é garantir a vida e a qualidade de vida a todas as espécies.

Eu sou a Mata Atlântica e quero falar com você amigo ativista!

Eu sou a Mata Atlântica e quero falar com você amigo ativista!

Parque Nacional do Itatiaia. Primeiro Parque Nacional do Brasil, criado em 1937. #EspalheAmor #AtivismoSim

Olá…eu sou a Mata Atlântica, sou cheia de vida, produzo água, sombra e oxigênio para todos, inclusive os humanos. Presto meus serviços de graça, protegendo as encostas dos morros da erosão, as cidades das enchentes, produzindo alimentos, ajudando a controlar as pragas da agricultura e oferecendo espaços de lazer.

Resisti a 500 anos de usurpação e destruição provocada por seres humanos sem piedade, que ignoraram a minha beleza e importância. Minhas árvores foram arrancadas, cortadas, queimadas ou vendidas em nome do progresso. Progresso de quem?

Meus amigos animais foram caçados, aprisionados, ou morreram de fome por falta do alimento que eu fornecia.

Muitas das minhas árvores foram extintas, outras correm grande perigo. Muitas espécies de animais que conviviam comigo desapareceram para sempre, outras correm risco imediato de sumirem também. Sem os animais, muitas das minhas árvores, bromélias, orquídeas e outras espécies também correm perigo, porque são os animais que espalham ou plantam as sementes.

Eu estava prestes a desaparecer quando surgiram vocês, os ativistas – cientistas, ambientalistas, socioambientalistas, ecologistas, quilombolas, índios, amantes da natureza, professores – e disseram: É hora de dar um basta nessa irracionalidade. Isso não é progresso coisa nenhuma, isso não passa de ganância e maldade.

Foram vocês ativistas, com muita luta, suor e lágrimas, que há 30 anos me deram a primeira chance, escrevendo na Constituição Federal que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se, eu disse, IMPONDO-SE ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” e escreveram também que eu – a Mata Atlântica, junto com outros biomas – sou patrimônio nacional, e que a minha proteção será feita na forma da lei.

Em 1990 e 1993, conseguiram convencer os presidentes da época a assinar decretos para me proteger. Lutaram por 18 anos e em 2006 conseguiram aprovar a Lei da Mata Atlântica garantindo a minha proteção e proibindo o corte de minhas árvores mais nobres e ameaçadas de extinção.

Vocês, meus amigos ativistas, agiram de muitas formas: muitos lutaram para a aprovação das leis que me protegem; outros denunciaram desmatamentos e caça; outros coletaram sementes e plantaram árvores; outros ajudaram a criar parques e reservas e teve aqueles que criaram suas próprias reservas. Isso me deu a chance de voltar a crescer. Hoje minhas árvores são maiores e até já reocupei alguns espaços nos morros e margens de alguns rios.

Com todo esse esforço de vocês amigos ativistas o desmatamento que era de 107.000 hectares por ano em 1988 diminuiu quase 90%, para 12.000 hectares em 2018. Isso ainda é muito, são aproximadamente 20.000 campos de futebol e 36.000.000 de minhas árvores que tombam a cada ano.

Em nome da minha sobrevivente biodiversidade de plantas e animais quero agradecer profundamente a alguns abnegados ativistas, que já não estão entre nós, mas que muito me ajudaram a sobreviver: Jose Lutzenberger, Henrique Luís Roessler, Magda Renner, Giselda Castro, Augusto Carneiro, Lucia Sevegnani, Raulino Reitz, Roberto Miguel Klein, Tereza Urban, Ibsen Gusmão Câmara, Aziz Ab’Saber, Haroldo Palo Junior, Elizete Siqueira, Detinha Son, Rômulo Melo…

A todos os meus amigos e amigas ativistas que ainda estão aqui, mesmo sem citar nomes pois são muitos, agradeço imensamente pelo seu ativismo diuturno para me proteger contra os agressores e seus políticos de estimação.

Continuarei oferecendo um lugar de moradia, água e ar puro para mais de 120 milhões de brasileiros mas, diante de anunciadas ameaças, preciso, mais do que nunca, do trabalho ativista de todos, pois sei que sem a ajuda de vocês não vou sobreviver.

Fiquem vigilantes, façam a minha defesa, em todos os lugares, não deixem liberar o desmatamento e a caça. Eu e meus amigos animais precisamos muito de vocês, todos vocês. Estimulem também as crianças e os jovens a entrarem nessa luta pois em tempos de aquecimento global eles vão precisar muito dos meus serviços. Lembrem-se, o que acontecer comigo, acontecerá com a humanidade.

Ativismos SIM. Desmatamento e caça Não!

Textos e fotos: Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow

Pela DEMOCRACIA. Pela liberdade de discordar.

Pela DEMOCRACIA. Pela liberdade de discordar.

Hoje, 25 de outubro, se celebra o dia da democracia no Brasil. O momento não poderia ser mais emblemático. Esse dia foi escolhido devido a um episódio histórico: o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, no dia 25 de outubro de 1975. Herzog morreu numa sessão de tortura no DOI-CODI. A morte do jornalista provocou a primeira reação popular contra os excessos do regime militar de 1964, tornando-se um marco na luta pela redemocratização do Brasil.

E cá estamos, nas eleições de 2018. Infelizmente, o que está em jogo nesta eleição não é apenas a disputa de um projeto mais social ou menos social, mais ambiental ou menos ambiental. O que está em jogo é o próprio futuro do BRASIL como o conhecemos e ajudamos a construir. O que está em jogo é a DEMOCRACIA, a liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão, a liberdade de cada um ser o que é.

Sempre defendi os princípios e direitos constitucionais ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações; direitos humanos para todos; direitos das minorias; estado laico; liberdade de expressão e de imprensa; liberdade religiosa; liberdade de associação e ativismo e, é claro, a democracia, sem a qual nenhum desses direitos é possível.

Por isso, neste segundo turno, por coerência e em respeito ao meu próprio histórico de lutas, não sem antes analisar o histórico de vida e as propostas dos candidatos, decidi votar em Fernando Haddad e Manuela D’Ávila.

Ressalto que nunca fui filiada ao PT. Quem conhece a minha história sabe que fui uma das fundadoras do PV em SC e mais recentemente da Rede Sustentabilidade. Também nunca trabalhei em qualquer governo do PT. Votei no Lula, mas nunca votei na Dilma. O PT tem um histórico de acertos e erros e ainda não fez uma coisa fundamental, uma autocrítica de sua atuação. A falta dessa autocrítica e os caminhos errados que escolheu trilhar nos últimos anos, foram responsáveis pelo afastamento de inúmeros quadros importantes, como o afastamento da própria Marina Silva. A questão é que nesse segundo turno estamos diante de uma situação muito mais complexa do que a mera disputa partidária. Estamos na iminência de perdermos nossa democracia e pelo menos isso, o governo do PT nunca afrontou.

Além disso, o Haddad tem experiência e não é maluco, foi um bom ministro da educação e um prefeito de São Paulo reconhecido internacionalmente por sua gestão inovadora e voltada para o bem-estar da população, principalmente na questão da mobilidade com ciclovias, corredores de ônibus e modificação do plano diretor para humanizar a cidade. Ele também já se comprometeu com metas ambientais e com o combate às mudanças climáticas.

Jornalistas, intelectuais, cientistas, ambientalistas do mundo todo alertam os brasileiros sobre os riscos de apoiar um candidato com ideias fascistas, sobre os riscos que esse candidato representa para a economia, o meio ambiente, a cultura, a ciência e tecnologia e para o futuro do Brasil. O mesmo ocorre aqui no Brasil, onde as pessoas que conhecem a história e prezam pela democracia, que muitos ajudaram a reconquistar com muito sangue, suor e lágrimas, também fazem esse alerta. Todas essas vozes lembram que o fascismo ou o nazismo, assim como outros regimes autoritários, na maioria das vezes começaram com o apoio de parte da população. Depois de instalados, tornaram-se autoritários e opressores e a história mostra quanto custou, mundo afora, essa insensatez.

Todos sabemos como foi difícil edificar cada tijolo dessa construção que levou o Brasil a respeitar minimamente o meio ambiente.

Cada avanço legal, cada palavra sobre meio ambiente escrita na Constituição Cidadã, a resistência para impedir retrocessos, cada nova UC criada, cada árvore plantada, cada instituição ambiental pública criada e implementada, cada acordo internacional duramente conquistado, cada ONG ambientalista criada com muito ativismo, suor e dedicação, cada conselho criado e as horas e dias dedicados às discussões democráticas nesses conselhos, e a Lei da Mata Atlântica e sua regulamentação que levou mais de 15 anos, cada trilha ecológica construída, cada palestra por um mundo melhor, mais solidário, mais inclusivo, mais respeitoso com todos os seres vivos. Tudo isso levou décadas. Essas conquistas foram “caras” e obtidas de forma progressiva, durante diversos governos.

O Bolsonaro declara abertamente que vai “acabar com todo e qualquer ativismo” e não vai demarcar 1 cm de terra indígena, que as UCs atrapalham o desenvolvimento da agropecuária, que vai fechar o Ministério do Meio Ambiente, que vai liberar a caça, que vai liberar o desmatamento na Amazônia e para facilitar o desmatamento, vai proibir o Ibama e o ICMbio de aplicarem multas, que vai tirar o Brasil do Acordo de Paris, além de defender a tortura e os torturadores.

As declarações, por si só, vindas de alguém que disputa a presidência da república, são devastadoras, incitam a violência, estimulam o desmatamento, estimulam o desrespeito a quem luta pelo meio ambiente e pela vida de todos os seres, estimula o ódio aos defensores e ativistas das causas ambientais e de direitos humanos.

Ou seja, meu voto, democrático, crítico e de oposição, é para Haddad e Manuela.

A que ponto chegamos… ter que batalhar pela liberdade de discordar.

 

Fotos da manifestação “Marcha a ré da Rio+20”, Rio de Janeiro, 2012.