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A entrega da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados a Marco Feliciano (PSC-SP) e da maioria de seus postos a parlamentares que sabidamente combatem a luta de vários movimentos sociais pelo reconhecimento e universalização de direitos ocorreu por consequência direta da atuação da base de sustentação do governo para eleger os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros. A mesma “partilha do poder” entregou a Blairo Maggi, notoriamente contrario as causas socioambientais, a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado.

O desprezo da dimensão pública e programática que deve orientar os critérios para designação de ocupantes de cargos nos mais altos escalões da República é apenas sintoma da grave crise de representação que atinge as instituições, especialmente, mas não apenas, o Congresso Nacional e a maioria dos partidos políticos.

A governabilidade e o exercício do poder que sacrificam os princípios civilizatórios-democráticos desconsideram a diversidade social e seus valores culturais, abdicam da busca histórica pela a igualdade de direitos e pela fraternidade nas relações humanas. Reduzidos ao império do pragmatismo, sem compromisso com o bem comum e com o interesse público, buscam perpetuar o poder pelo poder através do toma lá dá cá.

O governo prossegue indiferente a tamanho descalabro patrocinado por sua base de sustentação, impotente diante de impasses econômicos, ambientais e sociais que afligem o país e cúmplice passivo da ação de seus aliados que tentam criar um ambiente político favorável a proposições de cunho fascistizante.

A #rede continuará poiando e incentivando as mobilizações e as petições públicas que pedem a renúncia de Marco Feliciano, Blairo Maggi, dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, dos cargos que hoje ocupam.

A #rede entende que o deputado Feliciano e o senador Maggi não têm condições políticas de permanecer na presidência das citadas comissões e defende que os líderes partidários retirem as indicações dos parlamentares que compõem as mesmas. Quem pode e deve, de modo imperativo, desfazer a crise que provocou é a maioria parlamentar governista que controla a Câmara e o Senado.

Não questionamos religião nem atividade profissional. Existem lideres religiosos com histórico de defesa dos direitos humanos e das minorias, existem empresários dedicados a conservação do meio ambiente. Infelizmente, essas qualificações não foram consideradas.

Está evidente que o atual sistema eleitoral necessita de uma verdadeira refundação. Estimular o desenvolvimento desta consciência nacional e a retomada da energia e da paixão transformadoras são algumas das vocações constitutivas da #rede. A Democracia pela qual sempre lutamos, será feita por homens, mulheres, gays, brancos, negros, vermelhos, amarelos, mudos…. por todos!