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Na manhã de sábado (28 de agosto), foi realizado o primeiro mutirão de plantio de árvores nativas para neutralização da campanha da candidata a deputada federal pelo PV, Miriam Prochnow e do candidato ao Senado Fabiano Piovezan. Também participou do plantio o candidato a deputado estadual pelo PV Hyral Moreira, cacique indígena da Aldeia M’Biguacu. Hyral é o único indígena de Santa Catarina que concorre nestas eleições.

O plantio foi feito em uma Área de Preservação Permanente (APP) localizada às margens do Rio Itajaí-Açu, na divisa dos municípios de Rio do Sul e Lontras. Foram plantadas 500 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, para recuperar uma faixa de aproximadamente 150 metros de extensão e 50 metros de largura da margem direita do rio, no sentido Rio do Sul – Lontras.  As mudas foram doadas por Ralf Fröenner e cerca de 25 voluntários, além dos candidatos, participaram do plantio.

Durante o pleito eleitoral, todas as ações de campanha dos candidatos serão registradas e convertidas em valores de emissão de carbono na atmosfera. Para fazer os cálculos do “Carbono Neutro” da campanha, foi feita uma parceria com a empresa Bravo, especialista em neutralização de carbono. Serão contabilizados: consumo de energia elétrica, consumo de combustível para deslocamentos terrestres e impressão de material para propaganda, entre outros itens que fazem parte das atividades diárias. “Plantar árvores é a forma mais simples e eficaz para retirar o CO2 que foi emitido na atmosfera por nossas ações políticas. O gás carbônico é sequestrado da atmosfera para que as plantas realizem a fotossíntese e cresçam”, explicou Miriam, ambientalista com mais de 20 anos de trabalho pelo meio ambiente.

Uma verdadeira campanha preocupada com a sustentabilidade não fica só em plantar árvores. Ela evita os desperdícios e cuida para que as áreas escolhidas para receber as mudas sejam as de maior importância ambiental, como as margens de rios, que são Áreas de Preservação Permanente”, explicou Piovezan.

A área escolhida para recuperação foi uma APP desprovida de vegetação nativa e que necessitava ser recuperada para que volte a cumprir suas funções ambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Áreas de Preservação Permanente (APPs) são áreas especialmente protegidas de acordo com o art. 225 da Constituição Federal e sua definição é dada pelo art. 2º da Lei 4771, de 1965 (Código Florestal).

Miriam explicou que outras 500 mudas devem ser plantadas até no final da campanha eleitoral. “Diferentemente de outros partidos que falam de meio ambiente só para aparecer bem na fita, para o Partido Verde não é novidade fazer a neutralização de campanhas, mas a nossa ação vai além, procuramos desempenhar a atividade política de um modo coerente em todos os aspectos, desde a campanha”, afirma Miriam. A candidata a deputada federal completa: “os cálculos iniciais das nossas campanhas estão prontos, mas plantaremos, pelo menos, o dobro de árvores necessárias para retirar da atmosfera o CO2 que emitimos”.

Desde que estabelecemos a ideia de mecanismos de compensação de emissões de gases de efeito estufa por restauro de matas nativas nunca tivemos uma campanha política compensada como esta. Para além de uma neutralização, o compromisso e histórico com a recuperação e preservação florestal da mata atlântica por si já valida o projeto e a postura da compensação da forma como se espera: de maneira pública, compromissada e com os restauros realizados em áreas de preservação permanente completamente localizáveis e passíveis de visitação”, declarou Francisco Maciel, diretor da Bravo.